Nesta quinta-feira, 23, às 19h30, acontece a palestra sobre o Raro na Relação com Tradição e Transgressão, com Gabriel Vilella, Bruce Macêdo e Simone Mina, com mediação por Mila Goudet. O evento faz parte do 2º Seminário da Mostra de Estudantes da Quadrienal de Praga de 2023, que será transmitido pelo canal do YouTube da SP Escola de Teatro.
A ação consiste numa série de encontros que integram a programação e antecedem o evento mais importante da cenografia mundial, a Quadrienal de Praga, que é realizada a cada quatro anos na capital da República Tcheca desde 1967. Além desse, o 2º Seminário da Mostra de Estudantes da Quadrienal de Praga de 2023 promoveu ainda duas palestras nos dias 21 e 22 de junho, terça e quarta, sobre assuntos correlatos, cujas gravações completas também estão disponíveis na plataforma.
Confira mais sobre os convidades:
Gabriel Vilella
Formado na brasilidade da cultura interiorana, a referência do diretor, figurinista e cenógrafo, Gabriel Villela baseia-se em três pilares distintos: o imaginário do povo mineiro, as festas populares e o circo-teatro. Suas influências também vieram da tia modista e da mãe bordadeira e foram reforçadas em seu estilo, não por uma universidade, mas por pessoas de espíritos e pensamentos nobres, segundo ele mesmo sentencia, como Carlos Alberto Sofredini, Irineu Camiso Jr. e Romero de Andrade Lima, que o ajudaram a ser reconhecido pela forte característica barroca de suas criações. Nesse momento, Villela já havia iniciado sua trajetória paulista, ao vir cursar Direção Teatral na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP).
Bruce Macêdo
Professor da Universidade Federal do Pará, lotado na Escola de Teatro e Dança; Doutorando em Educação Artística pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto; Mestre em Artes pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) 2016; Especialista em Educação de Jovens e Adultos (EJA-Artes) pela Universidade Federal do Pará (UFPA) 2015; Graduado em Educação Artística pela Universidade Federal do Pará (UFPA) 2007; Área de interesse na pesquisa: saberes e técnicas rústicas de artesania empregadas na construção de artefatos de caça, pesca, transporte e edificação, existentes em comunidades remanescentes indígenas e quilombolas da Amazônia, onde desenvolve atividades educacionais e artísticas a partir da utilização de fibras naturais. Disciplinas que ministra: Cenotecnia, Elementos da Plástica, Fundamentos dos Elementos Cênicos, Máscara e Corpo, Prática de Montagem.
Simone Mina
Simone Mina é artista visual, cenógrafa e figurinista. Professora-pesquisadora da área de Arte, Cultura e Moda da Faculdade Santa Marcelina|SP. Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie. Cenógrafa e Figurinista formada pelo Espaço Cenográfico, em 1998. Desde 2000 desenvolve instalações e performances que investigam a roupa e o espaço na cena contemporânea. Atua como diretora de arte na Música e no Teatro. Realiza direção de arte, cenografia e figurinos para a Cia.Livre de Teatro, desde 1999, companhia que funda ao lado de Cibele Forjaz e outros artistas. Desde então, colabora com inúmeros artistas e grupos de pesquisa pelo Brasil. Em, 2007 concebe os figurinos para a montagem de “Trem Fantasma”, do criador Cristoph Schilingensief, nas obras do Sesc Belenzinho. Neste mesmo ano, passa a integrar a Cia Teatral Ueinzz, grupo que atua até hoje Desenvolve projeto expositivo para “LIVING THEATRE, PRESENTE!” (2017), exposição sobre o grupo do teatro experimental norte-americano, no SESC Consolação/SP, em aprofundamento da sua pesquisa sobre o teatro de grupo que iniciou com o projeto Arena Conta Arena 50 anos (2006) e que se desdobrou em exposição no Instituto Cultural Tomie Otake. Participa da 8ª, 9ª e 15ª Quadrienal de Cenografia, Figurino e Arquitetura Cênica da República Checa, em Praga, em 1999 como estudante do Espaço Cenográfico, 2003 e 2015, representando o Brasil ao lado de outros cenógrafos. Em 2021, recebe o Prêmio APTR pelos figurinos do teatro-filme Gaivota com direção de Bete Coelho e Gabriel Fernandes. Em 2020, recebe o Prêmio Shell por “Insônia – Titus Andronicus|Macbeth”, direção de André Guerreiro Lopes. Sendo indicada outras vezes e também premiada pelo trabalho de pesquisa em “VemVai – O caminho dos Mortos”, espetáculo que investigou a relação entre mitos de morte e renascimento na cultura ameríndia brasileira.
Mila Goudet
Mila é arquiteta formada pelo IAU São Carlos e recém formada passou pelo CPT e em seguida desistiu de ser arquiteta para trabalhar como cenógrafa com a amiga Paula de Paoli. Fez doutorado em Comunicação e Semiótica na Puc SP e mestrado em Psicologia Clínica no Núcleo de Subjetividades Contemporâneas, também na PUCSP. Atualmente é professora nos cursos de design de interiores, arquitetura e urbanismo da Unip e do centro universitário Unar.