A SP Escola de Teatro, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e seu Selo Lucias, projeto editorial que publica livros e a Revista A[L]BERTO, estão indicadas ao 34º Prêmio Shell de Teatro, mais importante premiação das artes cênicas no Brasil.
O Selo Lucias concorre na categoria “Energia Que Vem da Gente”, “pela organização, publicação e distribuição gratuita de livros que resgatam a história das artes cênicas no Brasil”.
A cerimônia de premiação acontece no Teatro Sérgio Cardoso em 12 de março de 2024.
Em 2017, a SP Escola de Teatro e a Adaap venceram o Prêmio Shell na categoria “Inovação”.
+ Confira todos os prêmios conquistados pela Adaap e pela SP Escola de Teatro
O selo Lucias é uma iniciativa da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), organização que rege o projeto da SP Escola de Teatro. Tem como programa editorial a publicação de livros no campo das artes (teatro, dança, cinema e literatura), da pedagogia, das ciências sociais e da psicanálise. Homenageia, na raiz de seu nome, a professora, jornalista e gestora cultural Lucia Camargo (1944-2020), que foi coordenadora da Escola, e o expande ao plural, pela vocação da Adaap pela coletividade e pelo múltiplo. O grupo que compõe a coordenação editorial do selo é composto por Ivam Cabral (diretor executivo), Beth Lopes, Elen Londero e Marcio Aquiles.
Em 2023, o Selo Lucias se destacou com o lançamento da pesquisa histórica “Teatro de grupo em tempos de ressignificação: criações coletivas, sentidos e manifestações cênicas no estado de São Paulo”, segundo volume publicado pelo Selo Lucias sobre a produção teatral paulista e que teve como organizadores Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro, ao lado de Alexandre Mate, Elen Londero e Marcio Aquiles.
Uma rede de 50 pesquisadores mobilizou artistas e grupos de todas as regiões administrativas para compor a inédita cartografia teatral desses territórios. A edição conta com textos que descrevem a história, os processos criativos, as principais referências estéticas, parcerias e pedagogias de 335 coletivos.
+ Leia as publicações do Selo Lucias
Em seu texto de apresentação para o livro, Marilia Marton, Secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, destaca a relevância do tema: “É importante atentarmos que a existência dessas companhias representa não apenas um capital cultural simbólico – o que já seria suficiente – para o nosso povo, como também um ativo econômico poderoso. Seja nas ruas ou em grandes teatros, pequenos espaços culturais ou na praia, essas trupes movimentam a indústria criativa de seus respectivos territórios. São atores, cenógrafos, iluminadores, figurinistas, produtores, sonoplastas, técnicos de palco, jornalistas e assessores de imprensa, bilheteiros, recepcionistas e pipoqueiros que, por capilaridade, envolvem também os setores de alimentos e do turismo, só para citar os campos mais conhecidos”.
Veja a lista completa de indicados:
SELEÇÃO JÚRI NACIONAL
DESTAQUE NACIONAL
– “As Cores da América Latina”, da Panorando Cia e Produtora, de Manaus
– “O Rabo e a Porca”, da Multi Planejamento Cultural, de Salvador
– “Temporada de Caça – uma Tragicomédia Distópica Linkedinesca”, da Minha Nossa Cia de Teatro, de Curitiba
– “Vestido de Noiva”, do Grupo Oficcina Multimédia, de Belo Horizonte
SELEÇÃO JÚRI RIO DE JANEIRO
DRAMATURGIA
– Rafael Souza-Ribeiro por “Jonathan”
– Rodrigo França por “Angu”
– Vinicius Baião por “Três Irmãos”
– Zahy Tentehar e Duda Rios por “Azira’í”
DIREÇÃO
– Bruce Gomlevsky por “Outra Revolução dos Bichos”
– Dulce Penna por “Jonathan”
– Luiz Antonio Pilar por “Leci Brandão – Na Palma da Mão”
– Orlando Caldeira por “Pelada – A Hora da Gaymada”
ATOR
– Matheus Macena por “Los Hermanos – Musical Pré- fabricado”
– Milhem Cortaz por “Diário de um Louco”
– Sérgio Kauffmann por “Leci Brandão – Na Palma da Mão”
– Xando Graça por “Gente de Bem”
ATRIZ
– Blackyva por “Chega de Saudade”
– Jéssica Barbosa por “Em Busca de Judith”
– Nilda Andrade por “Pipas”
– Zahy Tentehar por Azira’i
CENÁRIO
– Batman Zavareze e Mariana Villas-Bôas por “Azira’i”
– Clebson Prates por “Angu” e por “Para Meu Amigo Branco”
– Lidia Kosovski por “Olga e Luis Carlos – Uma História de Amor”
– Ricardo Rocha por “Eyja: Primeira Parte, a Ilha”
FIGURINO
– Carlos Alberto Nunes por “A Hora do Boi”
– Flávio Souza por “Eyja: Primeira Parte, a Ilha”
– Giovanni Targa por “Só Vendo Como Dói Ser Mulher de Tolstói”
– Luiza Marcier por “Los Hermanos – Musical Pré- fabricado” e por “Restos na Escuridão”
ILUMINAÇÃO
– Ana Luzia Molinari de Simoni por “Azira’í” e por “Feio”
– Beto Bruel por “A Aforista”
– Daniela Sanchez por “Leci Brandão – Na Palma da Mão”
– Paulo Cesar Medeiros por “O Menino é Pai do Homem”
MÚSICA
– Muato e Felipe Storino pela direção musical de “Chega de Saudade”
– Muato pela direção musical, percussão corporal e trilha original de “Pelada – A Hora da Gaymada”
– Pedro Sá Moraes pela direção musical e composições originais de “Em Busca de Judith”
– Ruy Guerra, Zeca Baleiro e Lui Coimbra pela direção musical e trilha original de “Dom Quixote de Lugar Nenhum”
ENERGIA QUE VEM DA GENTE
– Cia dos Comuns – Pelos 22 anos de uma atuação continuada e imprescindível para a formação e o fortalecimento da cena teatral preta brasileira, contribuindo de forma decisiva para a fomento e formação de artistas negros e na luta antirracista em nossa sociedade.
– Elenco do espetáculo Meu Corpo está aqui – Bruno Ramos, Haonê Thinar, Jadson Abraão (ator intérprete de libras), Juliana Caldas e Pedro Fernandes. Pelo processo coletivo de construção de um espetáculo altamente vital e inspirador, que impacta de forma positiva na visibilização de Pessoas com Deficiência.
– Entidade Maré pela “Ocupação Noite das Estrelas” – Por celebrar nas ruas do Complexo da Maré, unindo a comunidade e pessoas vindas de outras partes da cidade, a vida e a ancestralidade dos artistas lgbtqiapn+ que, durante as décadas de 1980 e 1990, realizaram ali os shows “Noite das estrelas”, inspiração até então esquecida de muitos importantes movimentos sociais que acontecem
– Projeto Museu dos Meninos – Por criar, através de uma série de ações artísticas, um lugar inspirador para todas as necessárias políticas públicas voltadas para a preservação da memória e a imaginação de futuros outros para os jovens pretos e favelados do Complexo do Alemão.
SELEÇÃO JÚRI SÃO PAULO
DRAMATURGIA
– André Santos por “Quilombo Memória“
– Ave Terrena e Ymoirá Micall por “Fracassadas Br“
– Carlos Canhameiro por “Xs Culpadxs“
– Victor Nóvoa por “Mãos Trêmulas”
DIREÇÃO
– André Paes Leme por “Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé)”
– Antônio Araújo por “Agropeça”
– José Fernando Peixoto de Azevedo por “Ensaio Sobre o Terror”
– Marcos Damaceno por “A Aforista”
ATOR
– Marco Antônio Pâmio por “A Herança”
– Maurício Tizumba por “Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé)”
– Vitor Britto por “O Avesso da Pele”
– Vinicius Meloni por “Agropeça”
ATRIZ
– Alessandra Maestrini por “Kafka e a Boneca Viajante”
– Grace Gianoukas por “Nasci pra Ser Dercy”
– Rosana Stavis por “A Aforista”
– Tenca Silva por “Agropeça”
CENÁRIO
– Attilio Martins por “Bossa Nova Cabaré Bar”
– Eliana Monteiro e William Zarella por “Agropeça”
– Luiz Fernando Marques (Lubi) por “Ainda Sobre a Cama”
– Simone Mina por “Mutações”
FIGURINO
– Fábio Namatame por “Além do Ar – Um Musical Inspirado em Santos Dumont”
– João Pimenta por “Kafka e a Boneca Viajante”
– Karen Brusttolin por “A Aforista”
– Marah Silva por “Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé)”
ILUMINAÇÃO
– Aline Santini por “Mutações”
– Fran Barros e Tulio Pezzoni por “Once – O Musical”
– Maneco Quinderé por “Alguma Coisa Podre”
– Nicolas Caratori por “A Cerimônia do Adeus”
MÚSICA
– Alexandre Rosa pela direção musical de “Infância”
– Chico César e João Milet Meirelles pela música original e direção musical de “Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé)”
– Naruna Costa pela direção musical de “Boi Mansinho e a Santa Cruz do Deserto”
– Peri Pane pela direção musical de “Quando o Discurso Autoriza a Barbárie”
ENERGIA QUE VEM DA GENTE
– Ateliê 23 – Pela pesquisa sobre violência de gênero e tráfico sexual de adolescentes e mulheres prostituídas no ciclo da borracha, no interior da Amazônia, tema do espetáculo “Cabaret Chinelo”.
– Palacete dos Artistas – Projeto de moradia e assistência no centro de São Paulo onde artistas veteranos vivem por meio de aluguel social e de autogestão do espaço e realização de eventos culturais.
– Rosas Periféricas – Pelo trabalho que desenvolve há 15 anos na região do Parque São Rafael, periferia de São Paulo, com espetáculos teatrais e ações sócio-educativas, voltados ao público jovem.
– Selo Lucias –Iniciativa da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), pela organização, publicação e distribuição gratuita de livros que resgatam a história das artes cênicas no Brasil.