O Grupo Ventoforte foi oficializado como companhia teatral em 1974, quando recebeu este nome. No entanto, o coletivo já realizava um trabalho significativo há muito tempo, com Ilo Krugli e Pedro Domingues, artistas que buscavam levar o teatro de bonecos por diversos lugares da América Latina. Nesse sentido, para a Companhia, contar sua trajetória é relembrar momentos importantes:
“Falar da história do Ventoforte é referir-se à história da América Latina. É lembrar das caminhadas andinas, do “trem da morte” (de Corumbá até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia), de Federico García Lorca, de danças dramáticas populares, de encontros, do grená e de tantos azuis”.
Em 1980, o grupo se instalou em São Paulo, em um terreno no bairro do Itaim Bibi, lugar no qual residem até os dias atuais e onde firmaram várias parcerias, como a Cia. São Jorge de Variedades, o Grupo Caldeirão, a Cia. do Tijolo e o Grupo Cupuaçu.
Quanto ao repertório, muitos dos textos do grupo eram direcionados para o público infantil, no entanto, para a Cia, isso não implica uma opção estética simplificada:
“A dramaturgia apresenta-se complexa e próxima à potência criativa da criança.”
Para o grupo Ventoforte, o teatro deve buscar diminuir a fronteira entre o artista e o público:
“A função do teatro, segundo Ilo, seria promover um encontro por meio do qual fosse possível aflorar o núcleo expressivo dos artistas e público. O cerne poético de todo ser humano. O ser humano canta, dança, desenha, cria figuras de linguagem com objetivo de tentar comunicar aos outros o invisível do visível.”
Mais infos sobre o Grupo Ventoforte estão no livro Teatro de Grupo, uma publicação do Selo Lucias, braço editorial da ADAAP, associação que gere o projeto da SP Escola de Teatro.