Foto: Camila Rocha de Lima
Nascida em 2014, a Casa Realejo de Teatro surgiu a partir da Oficina de Arte e de Brincar para Crianças, fundada por Eduardo Bartolomeu, desde o início a companhia propôs um projeto de arte-educação com os espetáculos Danças e Andanças de Malasartes, Maria Carroça e A Teia de Nancí.
Em 2019, o grupo participou do Festival Soy Loco Por Ti Juquery, no qual realizou a montagem O Tarô dos Loucos. Em 2020, peça foi contemplada pelo Edital de Projetos Culturais de Franco da Rocha e continuou de maneira virtual, tendo sido amadurecida e aprofundada durante esse período.
A Cia. comenta que o contato com o público infantil é fundamental e central em seus trabalhos, oficinas, diálogos, formas de percepção e interação. Um dos principais projetos do coletivo é o ‘Brincando com Fios’, no qual a Casa tece e ensina pontes de artes com fios, contando histórias. O grupo explica como seu deu esse processo em suas peças:
“A Teia de Nancí, Andanças de Malazartes e Maria Carroça são nossos processos em interação com a Rede de Ensino de Caieras. Com eles, interagimos com professores e crianças, confeccionando bonecos, bordados, refletindo sobre o lugar e o sentido do brincar e da arte em contextos de educação”.
A Casa pontua como tem articulado seus projetos com sua forma de fazer e conceber a arte teatral:
“O teatro ao alcance do povo. Popular porque quer ser com as pessoas. Popular porque é a continuidade de antigas caminhadas estéticas com a atualização de novas ferramentas e percepções. Fazemos teatro na quebrada, mas muitas vezes nosso teatro não tem qualquer valor diante do poder público daqui. Para não sucumbir, nos fantasiamos dentro e fora dos palcos”.
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Assim, o grupo explica que o teatro que eles buscam fazer se assemelha às casas das periferias, é feito com as próprias mãos, na demora do tempo e com o que se tem:
“Tentamos um teatro artesanal, na sinaleira do agora, embebido pelos saberes da tradição e que conteste a tirania. Quem sabe não seremos mais uma nau de sonhos acordados neste mundo de velhos pesadelos”.
Mais infos sobre a Casa Realejo de Teatro estão no livro Teatro de Grupo, uma publicação do Selo Lucias, braço editorial da ADAAP, associação que gere o projeto da SP Escola de Teatro.
