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Série Teatro de Grupo em São Paulo: conheça a Antikatártika Teatral (AKK)

Publicado em: 09/08/2022 |

Foto: Lídia Jardim

A Antikatártika Teatral (AKK) foi fundada em 2004 pelo diretor Nelson Baskerville e um de seus principais objetivos é trabalhar a transversalidade de linguagens e propor um teatro alinhado com sua realidade temporal e espacial. Para isso, o coletivo utiliza o teatro de pesquisa, por meio do qual foram realizados diversos espetáculo como 17 x Nelson – Parte I; O Inferno de Todos Nós (2005), de Nelson Rodrigues; e Camino Real (2007), de Tennessee Williams.

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Tendo sofrido um hiato de sete anos a partir de 2007, a companhia voltou a se apresentar em 2014 com a peça A Geladeira, de Copi, através de um convite do Festival Mix Brasil. Desde então, produziu diversas montagens, tais como, 1 Gaivota – É Impossível Viver Sem Teatro (2015); A Vida (2017) e Luis Antonio – Gabriela, trabalho pelo qual recebeu o Prêmio Shell de Teatro. Uma peculiaridade de diversos espetáculos do grupo é a utilização do expediente autobiográfico e do documentário cênico, para o AKK:

“O uso de biografias parte da premissa de que cada pessoa é e tem em si um arquivo, uma reserva de experiências, memórias, saberes e, principalmente, imagens”.

Fábio Flopes e Felipe Tchaça, artistas egressos da SP, divulgam peça Bixa Pare ou Ser Tão de Mim, na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Nesse sentido, o coletivo explica que busca fazer um teatro que sequestra a realidade para transferi-la para o palco, incorporando uma possível camada cênica fantástica, onírica, que desloca a narrativa do relato individual e alcança a dimensão de imaginário/discurso coletivo. Assim, o coletivo se inspira na concepção de Tchekhov:

“O teatro não é a vida como é ou como deveria ser e sim a vida que se pode ter por meio dos sonhos”.

Sobre o processo criativo, utilizando a produção A Vida como exemplo, AKK explica que os pilares direção-atuação-dramaturgia costumam trabalhar em conjunto a partir de provocações, abordagens e questionamentos artísticos e humanos:

“O processo colaborativo de investigação cênica é visto pelo coletivo como uma possibilidade de conquista de um espetáculo original e vibrante, com traços autorais em toda a sua concepção”.

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Para a Cia, o teatro é capaz de reunir plateias em torno de temas difíceis e caros à população:

“Buscamos articular as mais variadas referências e signos, tentando oferecer ao público o benefício da escolha. De modo assemelhado ao nosso cotidiano, música, sons, vídeos, imagens ao vivo, comido, dança, texto corrosivo, tudo acontece ao mesmo tempo. Afinal, se o teatro deve ser uma lente de aumento sobre a vida, nosso teatro será sujo e desarrumado. Caótico e cheio de informações, um caleidoscópio das muitas versões para muitos fatos, mostrando os mecanismos do jogo teatral.”.

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Mais infos sobre a Antikatártika Teatral (AKK) estão no livro Teatro de Grupo, uma publicação do Selo Lucias, braço editorial da ADAAP, associação que gere o projeto da SP Escola de Teatro.




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