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Série Grandes Diretores: Augusto Boal

Publicado em: 18/05/2021 |

A SP Escola de Teatro segue em sua série de minibiografias de grandes diretores da história do teatro mundial.

Na lista, há importantes nomes, como José Celso Martinez Corrêa, João das Neves e Ariane Mnouchkine.

Nesta terça-feira, 18, nosso homenageado é o diretor e dramaturgo, Augusto Boal; confira!

Augusto Boal:

Um dos maiores nomes do teatro nacional e internacional, Augusto Boal nasceu no Rio de Janeiro em 1931.

Seu interesse pelo teatro já era visível desde a infância, quando dirigia, junto de seus irmãos, peças teatrais para seus familiares. Aos 18 anos, ingressa na antiga Universidade do Brasil, atual UFRJ, no curso de Engenharia Química.

Mudou-se para os Estados Unidos em 1950, onde conclui seus estudos em Engenharia Química, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, no nível PhD., ao mesmo tempo estuda e conclui o curso de Dramaturgia, também na mesma universidade.

Série Grandes Diretores: José Celso Martinez Corrêa

Em 1956, retorna ao Brasil e é contratado pelo Teatro de Arena de São Paulo, a convite de seu fundador José Renato. Ratos e Homens, de John Steinbeck, seu primeiro trabalho como diretor, lhe rendeu o prêmio de revelação de direção da Associação Paulista de Críticos de Artes, no mesmo ano.

Em 1959, Boal sugere a criação de um Seminário de Dramaturgia, com produções que compõe o repertório da fase nacionalista do grupo, abrindo assim, caminho para novos autores do país. Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, dirigido por José Renato e Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho, dirigido por Boal, se tornam grandes sucessos.

Série Grandes Diretores: Ariane Mnouchkine

Com a instauração da ditadura militar em 1964, Boal retorna para o RJ e dirige o show Opinião, ligado ao Centro Popular de Cultura da UNE (CPC), com Zé Kéti, João do Vale, Nara Leão e Maria Bethânia. A iniciativa surge como um foco de resistência política através da arte. Assim também como o ciclo de musicais da companhia, Arena Conta Zumbi, dirigido e escrito por ele e Gianfrancesco Guarnieri, com música de Edu Lobo.

Na década de 1970, Boal é preso e torturado e decide deixar o país, procurando exílio em países como Argentina, Portugal, Peru e França, período que desenvolve e estrutura a teoria do teatro do oprimido e o teatro invisível, lançando a partir de 1975 livros como O Teatro do Oprimido e Outras Políticas Poéticas e Técnicas Latino-Americanas de Teatro Popular.

Série Grandes Diretores: Victor García

Ao voltar para o Brasil em 1984, se dedica a dirigir importantes espetáculos, entre eles; Fedra, de Jean Racine, e Encontro marcado de Fernando Sabino.

Vale lembrar que Augusto Boal recebeu a medalha Pablo Picasso em 1994 e foi nomeado “Embaixador do Teatro” em 2009, pela UNESCO.




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