A SP Escola de Teatro segue em sua série de minibiografias de grandes cenógrafos da história do teatro mundial.
Na lista, há importantes nomes, como Edward Gordon Craig, Daniela Thomas e Darcy Penteado.
Nesta quinta-feira, 15, nossa homenageado é o cenógrafo Tomás Santa Rosa; confira!
Tomás Santa Rosa:
O cenógrafo, artista gráfico, ilustrador, pintor, gravador, professor, decorador, figurinista e crítico de arte brasileiro Santa Rosa nasceu em João Pessoa, na Paraíba, em 1909, onde viveu até a adolescência. Autodidata, ele também trabalhou como contador, mudando-se para Salvador e logo após para Maceió, onde participou do movimento intelectual local.
Série Grande Cenógrafos: Cyro Del Nero
Em 1932, mudou-se para o Rio de Janeiro, em um momento em que o Brasil vivia uma grande erupção do mercado editorial e valorização artística.
Santa Rosa começou a se destacar no início da década de 1930, quando assinou o projeto gráfico do livro Cahétes, de Graciliano Ramos. Tornou-se responsável pelas ilustrações de livros de grandes escritores, como Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, entre outros.
Série Grande Cenógrafos: Gianni Ratto
Sua estreia como cenógrafo foi em 1937, no espetáculo Ásia, de Lenormand, pela Companhia de Álvaro Moreira. Ainda neste ano trabalhou em Uma Loura Oxigenada, de Henrique Pongetti, e Anna Christie, de Eugene O’Neill, ambas com Eduardo Vieira.
Reconhecido como o primeiro cenógrafo moderno brasileiro, Santa Rosa fundou e integrou as companhias Os Comediantes e o Teatro Experimental Negro (TEN), de Abdias do Nascimento. Em 1943, projeta a cenografia de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, dirigido por Ziembinski, com quem posteriormente trabalha em Dorotéia, também de Nelson Rodrigues.
Série Grande Cenógrafos: Daniela Thomas
Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues, dirigido por Bibi Ferreira, para a Companhia Dramática Nacional (CDN), Recital Castro Alves; Terras do Sem Fim – uma co-produção entre Os Comediantes e o TEN, Aruanda, de Joaquim Ribeiro, Filhos de Santo, de José de Morais Pinho, e Verdade de Cada Um, de Luigi Pirandello, com direção de Adacto Filho, foram alguns dos muitos trabalhos assinados pelo cenógrafo.
Série Grande Cenógrafos: Darcy Penteado
Vale destacar que Santa Rosa, também assumiu a coordenação das montagens do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, dirigiu o Conservatório Nacional de Teatro e foi um dos fundadores de Sua Revista, A Manhã (jornal) e Rio Magazine.