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Prêmio Claudia Wonder homenageia importantes nomes que lutam pela visibilidade trans na 10ª edição da SP Transvisão

Publicado em: 31/01/2022 |

Premiades e participantes do prêmio Claudia Wonder na 10ª edição da SP Transvisão Foto: André Stefano

A décima edição do SP Transvisão chegou ao fim no último sábado, 29, celebrando a visibilidade, conquistas e direitos das pessoas trans. Os eventos de encerramento aconteceram na sede Roosevelt da SP Escola de Teatro, com a participação de vários ativistas, artistas e personalidades que lutam pelos diretos das pessoas trans, como a advogada Rachel Rocha, conselheira da Adaap, e o político Eduardo Suplicy.

10ª edição do SP Transvisão é um sucesso: confira imagens exclusivas das atividades da semana!

O dia começou com uma ação social comandada pela equipe da loja Transludica, em que marmitas e kits de higiene foram distribuídas em diferentes pontos da cidade de São Paulo para pessoas trans em situação de vulnerabilidade social.

No período da tarde, o documentário produzido pela SP Escola de Teatro- Uma Vida Toda para Viver- foi transmitido em uma sessão especial no recém inaugurado Cine Bijou. Nele, é contada a história do projeto SP Transvisão, idealizado por Ivam Cabral, diretor executivo da SP, e as colaboradoras trans da Escola, com o apoio de Rachel Rocha. O filme homenageia também importantes nomes da luta lgbtqia+ que já se foram, como Phedra de Córdoba e Janaína Lima.

À noite, foi a vez de premiar importantes nomes que lutam por direitos lgbtqia+, no já tradicional prêmio Claudia Wonder. Desta vez, celebrando as 10 edições, 11 pessoas ou entidades foram premiades: mães pela Diversidade; Adriana Silva; Camille K; Coletivo Tem Sentimento; Symmy Larrat; Barong; Identidade Periférica; Jacqueline Brasil; Manas por Manas; Sônia Sissy Kelly e Heitor Gabriel.

Confira a galeria de fotos que celebra a história das 10 edições do SPtransVisão, evento que começa neste domingo, 23

As colaboradoras e parceiras da SP Escola de Teatro, Millena Wanzeller, Flávia Araújo, Ingrid Oliveira, Marcia Dailyn e Renata Peron apresentaram o evento, ressaltando a importância do autocuidado nessa época de pandemia e como, neste período caótico, a ajuda à população trans foi ainda mais necessária, já que a vulnerabilidade social aumentou muito nesses últimos anos.

Millena Wanzeller, Renata Peron, Flávia Araújo, Ingrid Oliveira e Marcia Dailyn. Foto: Andre Stefano

“O dia da visibilidade Trans para mim é um dia de luta e de trazer à tona os nossos anseios, as nossas buscas por direitos, mas isso não pode ficar resumido ao dia 29 de janeiro, acho que o dia 29 serve para darmos o pontapé para uma luta que deve durar o ano inteiro. É uma luta constante, uma luta por direitos, que não são direitos a mais, nós queremos direitos iguais, e essa luta não pode ser só nossa, precisa ser de todos e todas, independente de gênero e orientação sexual. Acredito que o SP Transvisão traz essa visibilidade, e é o espaço que a SP Escola de Teatro nos dá para dar esse start pro ano inteiro.” Comentou Milena, em um depoimento a equipe de comunicação da instituição.

Os premiades ficaram muito emocionados com a conquista, agradecendo em peso a organização do SP Transvisão.

“Receber esse prêmio é uma responsabilidade muito grande, estamos muito felizes pelo reconhecimento. Nos últimos anos temos discutido muito sobre as crianças e adolescentes trans e as pessoas não binárias, e vemos, com esse reconhecimento, que estamos indo pelo caminho certo, gerando oportunidade e apoio a eles. Estamos emocionados”, comentou Marcelo Limão, um dos representantes da ONG em São Paulo, que é composta principalmente por mães e pais de crianças e adolescentes transexuais.

Após o prêmio Claudia Wonder, o show de variedades que celebrou o final desta semana incrível animou o público presente, que dançou e cantou junto com os artistas convidades: Athena Joy ((Mulher trans, trabalha na noite paulistana, graduanda em Direito, artista, cantora e ativista), que presenteou o publico com a interpretação da versão italiana de Gigi L’Amoroso, de Dalida. Bianca Mahafre (ativista, cantora, educadora social e militante Trans), Ingrid Oliveira ( atriz e recepcionista na SP Escola de Teatro), que trouxe a emocionante versão brasileira da canção ‘This is me’, parte da trilha sonora do filme norte-americano The Greatest Showman. Marcia Dailyn (atriz e assistente na SP Escola de Teatro),  que apresentou Gloria de Laura Branigan. Coletivo Tem Sentimento (desenvolve um projeto de geração de renda para Mulheres cis e Trans que vivem em situação de vulnerabilidade nos arredores da Cracolândia), que realizou uma apresentação que partiu das experiências das participantes do grupo para realizar uma performance replete de componentes teatrais.

Rachel Rocha (advogada, ativista e conselheira da Adaap), Marcia Dailyn e Gustavo Ferreira, ambos do setor de projetos especiais da SP. Foto: André Stefano

Renata Peron (assistente social, cantora, atriz, ativista e criadora da Bancada ARTEVISTA),  que emocionou o público com O que é o que É? de Gonzaguinha, e a canção ‘Quando eu nasci’ de Denise Diniz. A performer compartilhou um pouco da história de sua relação com o SP Transvisão:

“Eu estou muito feliz de estar aqui hoje, ter sido convidada para participar, é muito bom saber que durante os dez anos que construímos juntos esse sonho nós fomos aprendendo a fazer as coisas, não existia receita e ninguém queria ser mais ou menos que ninguém, era um espaço de aprendizado, então para mim é de uma importância e de um simbolismo muito grande me convidarem para vir aqui depois de dez anos de luta; para apresentar um trabalho que para mim é a minha menina dos olhos.” Revela Renata. “Eu montei uma roda de samba chamada roda de samba da diversidade, sempre gostei de samba e fui me encontrando durante os anos que eu fazia performances e shows, então agora temos um grupo com seis meninas, e estamos fazendo shows por aí a fora, cantando canções de cantores e compositores que fizeram musicas para mulheres, e a nossa ideia é que a gente possa misturar essa roda de samba da diversidade, trazendo pessoas trans para essa discussão. Isso porque não existe só preconceito com relação as mulheres, mas também com relação a nós mulheres trans, e queremos fazer isso para dizer: Respeitem as mulheres, sejam elas cis ou trans, também dentro do samba!”

Confira algumas fotos especiais dos dois encontros emocionantes!





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