Apesar de os teatros reutilizarem objetos, cenários e fantasias, isso não é o bastante para contribuir com a ideia de sustentabilidade em que o mundo está inserido. Com tantos movimentos em prol de um melhor futuro para o planeta, por que não pensar, também, no desenvolvimento de um teatro sustentável?
Fundado em 2000, pelo diretor artístico Mehmet Ergen e pela produtora executiva Leyla Nazli, o Teatro Arcola, localizado em Londres, funciona baseando-se na proposta de evitar impactos ambientais desnecessários. Além disso, o teatro procura avançar no desenvolvimento de estrutura e geração de energia.
Considerado o primeiro teatro sustentável do mundo, o Arcola incorporou medidas importantes como recliclagem de garrafas, substituição do sistema de aquecimento a gás pela queima de biomassa; instalação de painéis solares para geração de energia e criação de telhados verdes para climatização e permeabilização da área.
Com o objetivo de não se restringir a fontes de energia renováveis e reciclagem, o teatro possui, ainda, uma incubadora para cientistas que pesquisam tecnologia verde, um centro para empreendedores com projetos ligados à sustentabilidade e um auditório utilizado somente para palestras sobre o tema.
Outro aspecto inovador é a construção de estúdios internos utilizados para apresentação de programas de educação pública, uma demonstração de que os idealizadores do projeto pensaram não só em utilizar mecanismos alternativos, como, também, em contribuir com a disseminação da ideia de sustentabilidade.
Até o bar do Arcola segue o conceito de sustentabilidade. Lá se pode saborear lanches orgânicos, sucos e cafés em um ambiente que utiliza iluminação LED, alimentado pela própria célula de combustível de hidrogênio, o que gera baixo consumo de energia.
A prova de sua eficiência e excelência no que se propôs a fazer veio em forma de prêmios. Ao longo de seus 11 anos de existência, o Arcola recebeu o prêmio especial Time Out (2003); prêmio Time Out de melhor conjunto (2004); prêmio Peter Wolff Theatre Trust (2006); prêmio IVCA Clarion Awards de Artes Cênicas (2008); prêmio CBI Growing Business, categoria verde (2008); prêmio Energy Globe (2009); dois prêmios Sustainable City Awards (2011); entre outros.
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