por Gabriel Labaki, participante da oficina Olhares, especial para SP Escola de Teatro
São Saruê
Em “São Saruê”, a Cia. Cênica Torre de Papel nos presenteia com delicadeza da literatura de cordel adaptada ao teatro. Apenas um ator/cantor/brincante em cena dá conta de nos trazer a história, contada e cantada em versos.
Tudo remete ao cordel. O cenário, o figurino, os adereços. Em cena vemos, basicamente, o branco e o preto, cores predominantes nas ilustrações feitas com xilogravura muito comuns nesse tipo de literatura.
Nada sobra e nada falta. São seis minutos e nada mais.
É muito prazeroso ver um gênero literário tão querido sendo adaptado para o palco.
*Gabriel Labaki é ator e diretor, bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Desde 2015 é integrante do Coletivo Cronópio, atuando nas peças “Favor beber o leite, senão estraga” e “(instruções para compor uma peça) – Se for viver, leia antes”, ambas sob direção de Alice Nogueira. Em 2020 fundou a Cia. Procura-se Mariano, com o objetivo de aprofundar e desenvolver a pesquisa iniciada na peça “Misto-Quente e Outras Coisas Que Não Importam Tanto (Como Por Exemplo Política)” de 2018. Iniciou seus estudos como diretor cênico, ainda na Unesp, no projeto Fábrica de Óperas coordenado pelo maestro Abel Rocha, onde assinou a direção das óperas “Os Piratas de Penzance”, de Sir Arthur Sullivan, e “Rita”, de Gaetano Donizetti. Foi professor de teatro no Cursinho Popular Heleny Guariba, do Instituto de Artes da UNESP, entre 2016 e 2017.