Ítalo Rossi, um dos nomes mais importantes do teatro brasileiro contemporâneo, morreu nesta terça-feira, dia 2 de agosto, no Rio de Janeiro. O ator e diretor estava internado no Hospital Copa D’Or havia dois dias e teve complicações respiratórias. Segundo sua família, o corpo do ator será velado nesta quarta-feira (3) e sepultado a partir das 16 horas no Cemitério Municipal São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro.
Com mais de 50 anos de carreira, o paulista Ítalo Rossi, de Botucatu, iniciou sua trajetória no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em 1956, e já em seu primeiro espetáculo, “A Casa de Chá do Luar de Agosto”, de John Patrick, sob a direção de Maurice Vaneau, recebeu o prêmio revelação de ator da Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT).
Ao lado de Fernanda Montenegro, Sergio Britto e Fernando Torres, em 1959, fundou o Teatro dos Sete, no Rio, e estreou com a peça “O Mambembe”, de Artur Azevedo e José Piza, sob a direção de Gianni Ratto, que lhe valeu um novo Prêmio ABCT.
Durante toda sua vida artística, foi um colecionador de prêmios, por trabalhos importantes no teatro nacional, como “A Noite dos Campeões”, pelo qual recebeu um Molière, em 1975, e “Quatro Vezes Beckett”, sob a direção de Gerald Thomas, em que novamente foi premiado.
Na televisão, Ítalo Rossi participou de várias novelas, séries e especiais na Rede Globo. Entre seus papéis mais populares estão o mordomo Alfred, de “Senhora do Destino” (2004), e o advogado Fernando Medeiros, de “Belíssima” (2006). Suas últimas aparições na tevê foram como o personagem Seu Ladir, do humorístico “Toma lá, dá cá”, em que lançou o bordão “É mara!”.
Texto: Carlos Hee