Neste mês de novembro, Leonardo de Sá Fernandes, artista egresso da SP, lança seu segundo livro Panaceia Parafernália, pela Editora Patuá! A obra é composta de onze contos-reportagens e nela acompanhamos diferentes olhares sobre a ‘belalú’, elixir alucinógeno inventado pelo autor, assim como o uso da substância em diferentes contextos. O lançamento foi celebrado por uma live, que foi transmitida pelo canal da editora no Youtube no último dia 5, e a gravação está disponível para o público.
A obra constrói um panorama épico e se propõe a descontruir a ideia do são as drogas, além disso, por meio da metáfora busca relatar a condição da geração nascida nos anos 90, da qual o autor faz parte.
“Apesar de ser um livro de prosa, muito dele foi escrito durante o tempo em que estive em formação na SP, e certamente foi influenciado pelas aulas, experiências e encontros, de modo que a Praça Roosevelt e seus frequentadores tornaram-se grande parte do cenário descrito no livro.” Comenta Leonardo “O meu livro anterior, de poesia, “Murro em ponta de faca”, teve seu lançamento nas instalações da própria SP, no final de 2019, e foi um momento muito especial para mim. Infelizmente, em virtude da pandemia, não pode ser feito um evento presencial…” Completa.
Segundo o autor, o livro é antiproibicionista e queer, e seus personagens possuem muitas contradições. A temática LGBTQIA+ é bem presente no enredo, atravessando algumas narrativas como Fada dos dentes e Cinema verité, nesta última, a droga belalú é o que confere ao protagonista coragem para se declarar para o melhor amigo.
Leonardo de Sá Fernandes é jornalista, dramaturgo e ator, ele frequentou os cursos de dramaturgia e atuação da SP Escola de Teatro, entre os anos de 2017 e 2019. O artista também é autor das peças O Estado contra George em Alcolu e As Colônias, ambas publicadas pela Editora Efêmera. Leonardo recebeu prêmios como o Jovem Dramaturgo da Escola SESC do Rio de Janeiro. Além disso, atua no audiovisual, sendo um dos autores da série Boto exibida na TV Cultura, e também alimenta o site Prosa do Observatório constantemente com suas escrituras.