A atriz e pesquisadora Juliana Pautilla, que foi artista docente convidada de Atuação da SP Escola de Teatro em 2019, exibe neste domingo, 28, seu vídeo performance Exília, comtemplado pela lei Aldir Blanc. A apresentação dura 40 minutos e tem como objetivo questionar a ideia de feminilidade na qual as mulheres são enquadradas, principalmente pelo olhar desse outro que é masculino. Exília é então o exílio do próprio corpo para reinventar a si.
“A meu ver a feminilidade é uma performatividade, assim como a masculinidade. São atributos dentro de um modelo binário, então num certo sentido ela é uma invenção. E o Brasil – eu diria algumas partes do Brasil – performa bem essas adequações porque temos um inconsciente totalmente colonizado. O momento atual mostra que o capitalismo e o patriarcado são estruturas falidas, se sentem sempre ameaçados e por isso são a violência”, explica a atriz.
Para denunciar a estrutura misógina e machista em que as brasileiras são submetidas em nossa sociedade, ela usa ferramentas como a ironia, provocação, questionamento e confissões.
“Não tenho achado ser mulher uma coisa linda não, exatamente porque esses desafios diários impedem nossa existência plena. Somos ameaçadas todo dia, nas mínimas ações. E a mensagem que eu quero transmitir é que as mulheres precisam questionar essa determinação e serem livres para serem o que quiserem, inclusive não serem chamadas de mulher.”
A vídeo performance Exília é uma “transcriação” da dramaturgia da peça homônima.
Exília
SERVIÇO
Quando: 28 de fevereiro – domingo – 19h
Onde: evento online (plataforma zoom)
Como: Ingressos na Sympla
Evento gratuito
EQUIPE
Direção, roteiro e atuação: Juliana Pautilla
Trilha sonora original: Lucas Morais
Iluminação e câmera: Lucas Pradino
Edição: Ricardo Gonçalves
Produção e assistente de câmera: Jéssica Lauriano
Técnica vocal: Silvana Stein
Técnica Corporal: Thiane Nascimento
Por Luiza Camargo