Desde a última segunda-feira, 23, acontece a 11ª edição do SP Transvisão – Semana da Visibilidade Trans, na sede Roosevelt da SP Escola de Teatro, e vai até domingo, dia 29 de janeiro. A programação especial está sendo gratuita e híbrida, com atividades presenciais e digitais.
A iniciativa é idealizada pela Adaap (Associação dos Artistas Amigos da Praça), que gere o projeto da SP Escola de Teatro, em conjunto com entidades parceiras.
Nesta sexta-feira, 27, o dia se inicia no Auditório da Defensoria Pública do Estado de São Paulo com duas mesas de debates. A primeira, às 10h, sobre o tema corpo trans no processo democrático, e a segunda, às 14h, será um bate-papo sobre ser trans em diversas áreas.
A partir das 16h, as atrações se voltam inteiramente para a unidade da Praça Roosevelt da SP, a começar com o Projeto Manas por Manas na roda de conversa sobre Intervenção por navegação de pares. Posteriormente, às 19h, encerrando todo o ciclo de palestras desta edição do Transvisão, a última mesa-redonda será sobre Interseccionalidades: Raça e acessibilidade. A noite será finalizada com o Trans Sarau e os ingressos podem ser retirados via Sympla.
Além de toda essa rica programação, abre também nesta sexta-feira a Exposição Manas por Manas – Acompanhamento em Saúde e Autocuidado da população de travestis e mulheres trans, no Hall da sede Roosevelt da SP Escola de Teatro, que permanecerá até o encerramento do evento.
O SP Transvisão é um movimento sociocultural de legitimação e representatividade dos corpos trans, desenvolvido com profissionais especializados em cada área e promove uma série de ações voltadas para o debate sobre a tolerância e a diversidade, além de valorizar a cultura e o universo LGBTQIA+.
Na abertura da Semana da Visibilidade Trans, a grande novidade foi o lançamento do Podcast Transvisão e os dois últimos dias ainda contam com shows, performances artísticas e a entrega do Prêmio Claudia Wonder para personalidades trans que se destacam em diversas áreas, entre outras atividades.
Confira todas as informações da programação de sexta-feira (27/01/2023):
Mesa 1
Tema: Corpo trans no processo democrático
Local: Auditório da Defensoria Pública do Estado de São Paulo
R. Boa Vista, 150 – Centro Histórico de São Paulo, São Paulo – SP, 01014-000
Data: 27/01/2023, sexta-feira
Horário: 10 às 14 h
Mesa 2
Ser Trans: Somos, Existimos e Resistimos
Conversas sobre promoção à saúde e prevenção, empreendedorismo, cultura trans e apresentações artísticas.
Local: Auditório da Defensoria Pública do Estado de São Paulo – R. Boa Vista, 150 –
Centro Histórico de São Paulo
Data: 27/01/2023, sexta-feira
Horário: 14h
Mesa 3
Projeto Manas por Manas – Roda de conversa: Intervenção por navegação de pares
Local: SP Escola de Teatro – Unidade Roosevelt
Transmissão digital ao vivo no Youtube da SP Escola de Teatro
Data: 27/01/2023, sexta-feira
Horário: 16h
Conheça as palestrantes:
Marie Claire
Identifica-se como travesti. É natural do Ceará e vive em São Paula há 30 anos. Trabalha atualmente como Navegadora de Pares na Pesquisa Manas por Manas e também como mobilizadora no Projeto Cozinha & Voz. Já fez parte do programa Transcidadania, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.
Mikaella Reis
Natural de Belém do Pará, afroindígena, estudante de enfermagem, atua como navegadora de pares do projeto Manas Por Manas em parceria com a Universidade da Califórnia. Educadora de Pares da Coordenadoria Municipal de Combate a HIV/Aids de SP. É atleta da equipe Angels Volley, o maior coletivo esportivo LGBTQIA+ do Mundo. Atua como professora voluntária do Projeto Transconvida que ajuda pessoas trans e travestis a ingressar no mercado formal de trabalho. Palestrante de diversidade, visibilidade trans e ISTs.
Cíntia Spíndola Luciano
Assistente Social, graduada em 2012, pesquisadora do Núcleo de Direitos Humanos e Saúde da População LGBT+, vinculado à Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SP e atua em diversos projetos em parceria com instituições nacionais e internacionais: 1)Divas, 2)Trans* Nacional, 3)TransAmigas, 4)TransOdara, 5)Manas por Manas.
Mesa 4
Tema: Interseccionalidades: Raça e acessibilidade
Local: SP Escola de Teatro – Unidade Roosevelt
Transmissão digital ao vivo no Youtube da SP Escola de Teatro
Data: 27/01/2023, sexta-feira
Horário: 19h
Conheça os palestrantes:
Bruna Santos
Também conhecida como Brunessa Loppez, Cussy Candace e Nenessa Zion, é modelo e artista travesti do Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo e atua como Drag Queen, desde 2012. Importante performer da noite paulistana, é especializada em Bate Cabelo, Dublagem, coreografias e também pela impecável atuação como cover da cantora Lizzo. Além disso, ela atua como agente de prevenção de IST/AIDS no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) em Santo Amaro Zona Sul de SP, navegadora de pares do projeto Manas por Manas e também integra a equipe do coletivo LOYAL (coletivo de moda periférica do Capão Redondo) como modelo, performer e articuladora.
Presente na comunidade Ballroom, desde 2018, caminha nas categorias Body, Sex Siren, Face e Lipsync e já soma diversos Grand Prizes.
Na cena Kiki, Cussy é Princess na CASA DE CANDACES, casa composta por corpas transvestigeneres, e na cena mainstream integra a internacional HOUSE OF ZION.
Caleb Nathaniel
Graduando em Tradução e Interpretação de Libras pela UFSCAR e Suplente do Conselho Estadual LGBT pela cadeira de homens trans.
Gabriel de Carvalho (Gabs)
Transmasculino luciferino com expressão de gênero fluída, sobrevivente de violência doméstica e neuroatípico TDAH. Tem 28 anos de muitas batalhas contra a cisnormatividade, se tornando pioneiro em mostrar corpos trans “reais” ao expor a existência de homens trans de seios na internet, quebrando o padrão da “passabilidade” e ganhando visibilidade nas Marchas Trans, Paradas LGBT+ e Mídia Ninja. Palestrante acerca de vivências trans em ambientes corporativos e coletivos por todo o Brasil. Seguidor fiel de João W. Nery ao mostrar aos cis o que é ser um homem sem medo do feminino.
Mikaella Reis
Natural de Belém do Pará, afroindígena, estudante de enfermagem, atua como navegadora de pares do projeto Manas Por Manas em parceria com a Universidade da Califórnia. Educadora de Pares da Coordenadoria Municipal de Combate a HIV/Aids de SP. É atleta da equipe Angels Volley, o maior coletivo esportivo LGBTQIA+ do Mundo. Atua como professora voluntária do Projeto Transconvida que ajuda pessoas trans e travestis a ingressar no mercado formal de trabalho. Palestrante de diversidade, visibilidade trans e ISTs.
Exposição Manas por Manas – Acompanhamento em Saúde e Autocuidado da população de travestis e mulheres trans
Local: Hall da SP Escola de Teatro – Unidade Roosevelt
Data 27/01/2023 até 29/01/2023 – sexta-feira a domingo
Release:
O NUDHES (Núcleo de Pesquisa em Direitos Humanos e Saúde da População LGBT+) apresentará na exposição “Manas por Manas – acompanhamento em saúde e autocuidado da população de travestis e mulheres trans”, a linha do tempo da Pesquisa Manas por Manas, realizada no município de São Paulo, com início em setembro de 2020 e previsão de término em dezembro de 2023. Com o objetivo de abordar assuntos de autocuidado em saúde, especialmente relacionados à prevenção de HIV, 16 mulheres trans e travestis atuam como navegadoras de pares, acompanhando ao longo desse período 392 mulheres trans e travestis. Por isso o nome: Manas por Manas. Nessa exposição serão apresentados os aprendizados e as potências encontradas no processo de acompanhamento em grupo e individual junto às manas, bem como, o reinventar-se diante de cada desafio, como a pandemia da COVID-19 e o processo de cuidado com quem cuida.
Trans Sarau
Local: SP Escola de Teatro – Unidade Roosevelt
Transmissão digital ao vivo no Youtube da SP Escola de Teatro
Data: 27/01/2023, sexta-feira
Horário: 20h
Release:
TRANSarau é um evento organizado por artistas e ativistas TRANSvestigeneres, em colaboração com pessoas LGBTQIA+, voltado para visibilidade trans. É um importante espaço de representatividade e visibilidade da população LGBQIA+ Trans e de resistência negra. Nasceu em dezembro de 2015 como local de exibição da produção de estudantes do Cursinho Popular Transformação, como resultado das oficinas de poesia, mantidas em paralelo às aulas, além da necessidade de se ter um lugar de celebração do Coletivo Transformação. Ao longo dos anos, o evento se consolidou como importante para artistes dissidentes de gêneros, que visam expressar sua arte que quebram as expectativas dessa sociedade.