O Brasil perdeu esta semana duas de suas drag queens pioneiras e lendárias para a covid-19. Vânia Mattos, de 75 anos, e Miss Biá, de 80, morreram, respectivamente, na terça (2) e na quarta (3). Ambas eram dos tempos do “transformismo”.
Vânia e Biá eram amigas e moravam juntas em um apartamento na República, centro de São Paulo. As artistas passaram por casas noturnas lendárias como Medieval, Cortintho e Nostromundo e enfrentaram perseguição e censura da ditadura militar.
Vânia Mattos, cujo nome de batismo era Rubens Morro, era conhecida como Bonequinha do Medieval, por sua beleza estonteante na casa noturna paulistana icônica dos anos 1970. Ela ainda atuou como maquiadora no programa de Jô Soares na televisão.
Já Miss Biá, cujo nome de batismo era Eduardo Albarella, ficou marcada pela elegância dos seus trajes e pelas referências intelectuais que trazia em suas apresentações e pelos almoços disputados que promovia em sua casa. Biá também trabalhou como maquiadora e teve entre suas clientes a apresentadora Hebe Camargo.
A morte das duas drags pioneiras na mesma semana deixa a comunidade LGBTQIA+ em luto em todo o Brasil.
- * na foto, Miss Biá e Vânia Mattos com a atriz Márcia Dailyn na peça “Entrevista com Phedra”, de Miguel Arcanjo Prado.
CULTURA EM CASA
Assim como outros equipamentos, a SP Escola de Teatro criou uma programação especial na internet para oferecer ao seus seguidores. Assim, está disponível uma série de conteúdos multimídia, como vídeos de espetáculos e de palestras e bate-papos de nomes como as atrizes Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg e Denise Fraga, a monja Coen, a escritora Adélia Prado e o pastor Henrique Vieira, além de cursos gratuitos a distância.
O acervo ainda inclui filmes produzidos pela Escola Livre de Audiovisual (ELA) – iniciativa da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), gestora da SP Escola de Teatro – em parceria com instituições internacionais, com a Universidade das Artes de Estocolmo (Suécia).
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