Nesta última sexta-feira, 5, foi o dia nacional da língua portuguesa!
A língua compõe parte essencial da nossa cultura, é através dela que nos comunicamos, deixamos a nossa história escrita para gerações posteriores, produzimos inúmeras obras literárias, teatrais e musicais.
Para celebrar o dia desse idioma tão importante, a SP Escola de Teatro selecionou 10 obras que você precisa ler!
1. Capitães da Areia – Jorge Amado
Em 1937 quando foi lançado, esse livro causou grande burburinho e muitos exemplares foram queimados pela ditadura do estado novo. Hoje em dia, a narrativa ainda é atual, nela acompanha-se a vida urbana de meninos pobres no areal do cais de Salvador. Uma leitura indispensável!
2. Dom Casmurro – Machado de Assis
Publicado em 1899, o livro permanece ainda hoje como um dos mais fascinantes estudos da traição e do ciúmes. Nele um dos maiores escritores da literatura de língua portuguesa, Machado de Assis, narra a história famosa de Bentinho e Capitu.
3. Torto Arado – Itamar Viera Martins
O livro é vencedor do prêmio Leya 2018 e oferece ao leitor um ‘texto épico e lírico, realista e mágico que revela, para além de sua trama, um poderoso elemento de insubordinação social’. Para isso o autor nos leva pelas profundezas do sertão baiano, para conhecer as irmãs Bibiana e Belonísia que encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó.
4. Úrsula – Maria Firmina dos Reis
Este livro foi escrito pela primeira romancista brasileira Maria Firmina dos Reis, mulher negra nascida no Maranhão, e publicado em 1858. Nele se constrói uma narrativa ultrarromântica para falar das mazelas sociais decorrentes da escravidão. É a obra inaugural da literatura afro-brasileira, ou seja, leitura primordial!
5. Quarto de Despejo – Carolina Maria de Jesus
Esta obra é fruto do diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus, nele acompanhamos pelo relato da autora o cotidiano da vida na periferia. Publicado em 1960, o livro atraiu o público pela originalidade do ponto de vista trazido pela autora, hoje é um clássico da literatura nacional. Foi traduzido para treze idiomas, e comentado por grandes nomes da área como Manuel Bandeira, Raquel de Queiroz e Sérgio Milliet.
6. Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto
A obra, que é considerada expoente do Pré-Modernismo brasileiro, narra em uma história divertida e farsesca o destino tragicômico de um nacionalista ingênuo e idealista, completamente alucinado pela ideia de fazer do Brasil um país grandioso.
7. Insubmissas lágrimas de mulheres – Conceição Evaristo
A antologia Insubmissas lágrimas de mulheres é composta de 13 contos, cujas histórias têm como protagonistas mulheres negras. Nesta obra a autora trabalha a partir de um olhar empático, na maioria das vezes, os contos são escritos em primeira pessoa, mesclam-se as vozes e o protagonismo é conferido a essas mulheres. Assim, a escritora retrata as dores e a violência sofridas por elas diariamente na sociedade.
8. Anarquistas Graças a Deus – Zélia Gattai
Através das lembranças da menina Zélia, observamos o cotidiano da família Gattai, imigrantes italianos que vieram para o Brasil perseguindo o sonho da Colônia Santa Cecília, reduto anarquista, e que viveram em São Paulo nos anos 10 e 20, acompanhando o crescimento da cidade.
9. E se eu fosse puta – Amara moura
A professora de literatura, doutora em Letras pela Unicamp e prostituta em Campinas, Amara Moira traz um relato autobiográfico sobre sua transição de gênero e as experiências como profissional do sexo.
10. O auto da compadecida – Ariano Suassuna
O Auto da Compadecida é uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Nele o autor alia a tradição popular à elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel.