A colonização do Brasil inspirou o diretor e dramaturgo amazonense Francisco Carlos a criar “Sonata Fantasma Bandeirante”, peça que estreia na sexta-feira, 11 de março, no teatro do Sesc Ipiranga. A montagem teve seu processo de criação concebido na SP Escola de Teatro, em residência entre os anos de 2014 e 2015.
Com texto apresentado em leitura dramática na Escola, “Sonata” tem como mote as “Entradas e Bandeiras”, que foram as expedições que ocorreram entre os séculos 17 e 18 para desbravar o território do então Brasil Colônia. Nestas incursões, os colonizadores procuravam por minas de ouro e escravizavam o povo indígena.
No enredo, os atores Alessandra Negrini, Daniel Faleiros, Daniel Morozetti e Begê Muniz formam uma tradicional família paulista dos anos 1600. Habitando uma casa de taipa de pilão no povoado pobre e incipiente de São Paulo de Piratininga, o clã é assombrado por assaltos de hipotéticos índios e piratas.
Neste contexto, parte da história do País é contada do ponto de vista do dos colonizados, oferecendo um novo entendimento do que ocorreu no Brasil depois de 1500.
Francisco Carlos nasceu em Itaquatiara (AM) e está radicado em São Paulo desde 2005. Com mais de 40 peças escritas, dirigiu mais de 30 espetáculos, além de shows, concertos e óperas. Em 2011, ganhou destaque pela direção de “Jaguar Cibernético”, sucesso de público e crítica, sendo a principal peça do Fringe do Festival de Curitiba daquele ano.
Serviço
“Sonata Fantasma Bandeirante”
Sesc Ipiranga. Teatro (200 lug). Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga, 3340-2000.
Estreia 11/3. 6ª e sáb., 21h; dom., 18h. Até 24/4. (Não haverá espetáculo no dia 25/3).
R$ 9/R$ 30. 90 min. 16 anos.
