Em 2014, a Cia. de Teatro Os Satyros realizou uma série de sete espetáculos que investigou a humanidade ciborgue sob direção de Rodolfo García Vázquez. O projeto “E Se Fez a Humanidade Ciborgue em Sete Dias” contou com as peças “Não Amarás”, “Não Fornicarás”, “Não Morrerás”, “Não Permanecerás”, “Não Saberás”, “Não Salvarás” e “Não Vencerás”.
“Nossos corpos foram modificados por próteses, manipulações genéticas, aparatos tecnológicos. Não somos mais aqueles que éramos. Somos humanos expandidos”, pontuou, na época, Os Satyros, lembrando que o homem estava mergulhado em uma era plugada, com extrema dependência de aparatos tecnológicos. Isso, na visão da pesquisa cênica, gerou um novo humano.
As obras celebraram os 25 da companhia — atualmente com 31 anos de trajetória — e mostraram a relação do homem com a tecnologia, incluindo aí o sexo digital.
Robôs, telefonia móvel, internet e experimentos científicos ajudaram na criação, que ainda contou com o psicanalista Contardo Calligaris; o engenheiro genético Marcos Piani; a dramaturga Marici Salomão; os jornalistas Xico Sá e Pedro Burgos; a blogueira Rosana Hermann; além do médico Dráuzio Varella. Cada um escreveu um texto provocação que guiou o trabalho de cada peça.
CULTURA EM CASA
Assim como outros equipamentos, a SP Escola de Teatro criou uma programação especial na internet para oferecer ao seus seguidores. Assim, está disponível uma série de conteúdos multimídia, como vídeos de espetáculos e de palestras e bate-papos de nomes como as atrizes Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg e Denise Fraga, a monja Coen, a escritora Adélia Prado e o pastor Henrique Vieira, além de cursos gratuitos a distância.
O acervo ainda inclui filmes produzidos pela Escola Livre de Audiovisual (ELA) – iniciativa da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), gestora da SP Escola de Teatro – em parceria com instituições internacionais, com a Universidade das Artes de Estocolmo (Suécia).