A Adaap (Associação dos Artistas Amigos da Praça), que administra a SP Escola de Teatro, convida todes, todas e todos a participar da 9ª edição da SP TransVisão, que acontece entre os dias 29 de janeiro e 3 de fevereiro. A iniciativa celebra a diversidade e o respeito que a instituição tem com as pessoas trans.
Essa é uma ação da Adaap em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa, com a Secretaria de Justiça e Cidadania e com o apoio de grupos e entidades de luta pelos direitos humanos.
Conheça as personalidades convidadas da 9ª edição da SP TransVisão
Devido à pandemia de Covid-19, em 2021 o evento será digital e transmitido pelo Youtube e Facebook da SP Escola de Teatro. Este ano, o tema é Distanciamento Social: Uma Trans realidade. A pandemia passa, o preconceito não!
Confira a seguir quem são as personalidades convidades do evento e seus respectivos minicurrículos:
Renata Taylor é coordenadora do grupo de Residência de Travestis e Transexuais da Amazônia (GRETTA), secretaria executiva da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), coordenadora da região norte do FONATRASN (Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negros e Negras), cineasta premiada em dois festivais 2019/2020, cabeleireira, ativista dos direitos humanos e militante LGBTQI+.
Raicarlos Coelho Durans é homem trans, militante LGBTI+, servidor público, conselheiro de saúde de Marituba – PA, graduado em filosofia e técnico em edificações. É articulador em Belém do Pará do processo transexualizador, membro fundador do IBRAT (Instituto Brasileiro de Transmasculinidades) e lutou pela redemocratização do Brasil nos anos 70 e 80 (ditadura militar).
Fe Maidel é mulher trans, graduada em psicologia (UNIP, 2015) e em Comunicação Social, com especialização em Cinema (FAAP, 1990). É artista plástica autodidata e autora de livro infantil (Questão de Jeito, 2008). Foi estudante ouvinte em psicologia política na USP, é especialista em sexualidade e gênero pelo IMS/UERJ (2020). É co-fundadora da ABRASITTI – Assoc. Bras. de Profissionais pela Saúde Integral de Travestis, Transexuais e Intersexos, membra eleita do Conselho Municipal de Políticas para Mulheres do município de São Paulo (2020/22) e secretária da diversidade no partido Cidadania para o município de São Paulo. Atua junto a Ongs como psicóloga voluntária voltada às questões LGBTQIA+.
Rachel Rocha é advogada e ativista de Direitos Humanos. Doutoranda pela USP, pesquisadora de estudos de gênero e diversidade. Conselheira da Adaap. Membro da Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB/subseção Santo Amaro.
Leonardo Medeiros é empreendedor no ramo de estampas, designer gráfico e marketing digital. É um homem trans e pai de Kylie, adolescente trans de 17 anos. São uma família Transdicional.
Cybele Lascala é médica ginecologista e obstetrícia com especialização em reprodução assistida. Acredita na lei da reciprocidade e, por isso, lembra sempre que pacientes são também seus próximos.
Daniel Veiga é dramaturgo, ator e roteirista. Atualmente é professor no curso de Dramaturgia da SP Escola de Teatro, onde se formou em 2016. Também trabalhou pelos Núcleos de Dramaturgia da ELT em Santo André e do SESI em São Paulo. Acaba de escrever o roteiro para a Ocupação Lima Duarte pelo Itaú Cultural. Sua série Tormenta acaba de ser contemplada em primeiro lugar pelo ProAC Desenvolvimento de Séries e seu longa Terra de Sangue E acaba de ganhar o Prêmio Novos Roteiros das Organização Ibero-Americanas e a Lei Aldir Blanc. Como ator, ganhou o Kikito no Festival de Cinema de Gramado pelo curta Você Tem Olhos Tristes de Diogo Leite e participou do seriado 3% da Netflix. No teatro, dirigiu entre 2009 e 2016 e seu texto Da Mais Bela que Tive, que ganhou Menção Honrosa no Prêmio Cidade de Belo Horizonte em 2013.
Regininha (Maria Regina) é uma mulher, transfeminista, estudante de pedagogia, militante da causa LGBT, defensora dos direitos humanos e da classe trabalhadora. Em 2020, Regininha foi eleita vereadora da cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Silvia Reis é servidora federal há mais de 30 anos, coordenadora do Núcleo de Pessoas Trans do Grupo DiveRRsidade e presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da População LGBT – Roraima.
Caroline Iara (Bancada Ativista) é mulher intersexo, travesti, positHIVa e negra. Co-vereadora da Bancada Feminista do PSOL, eleita com 46.267 votos. Também é escritora, poeta e mestranda em Ciências Humanas e Sociais.
Samara Sosthenes (Quilombo Periférico) é co-vereadora no mandato coletivo quilombo periférico, educadora popular, estudante de meio ambiente e redutora de danos.
Érica Malunguinho é educadora, artista plástica e política brasileira. Em 2018, elegeu-se deputada estadual por São Paulo, sendo a primeira mulher transexual da Assembleia Legislativa de São Paulo. Tem como foco a luta antirracista, educação, saúde, cultura, povos tradicionais, comunidades de terreiro, mulheres, população LGBTQIA+ e população carcerária.
Sellena Ramos é mulher transfeminista negra interseccional e ativista do movimento LGBTQI+. Graduanda em Direito pela Faculdade Baiana de Direito, compõe o Grupo de Estudos em Criminologia Feminista. Atua também no coletivo Mães do Arco-íris e na Rede Proteja LGBTQI+. Integra o Núcleo de Ações Afirmativas do E.C. Bahia, tendo realizado formação sobre Gênero e Sexualidade com funcionáries do clube. É atualmente consultora do Projeto Trans-Formação da ONU.
Alberto Silva é administrador e CEO da Casa Florescer, que atua há mais de 22 anos na área de assistência social com públicos diversos.
Jaciana Batista: Lésbica ativista e mãe do Gustavo, uma criança trans de 6 anos.
Regiane Abreu: advogada e membro da Associação Mães pela Diversidade.
Fernanda Kawani Custodio: mulher trans-travesti, empreendedora, atriz e ativista dos direitos de pessoas trans, nas artes e no empreendedorismo.
Luisa Lamar passou pela transição de gênero aos 16 anos em Chapada dos Guimarães (MT) e aos 18 anos começou a se apresentar pela região e também na capital, Cuiabá. No mesmo ano, Luisa iniciou seu primeiro projeto musical-performativo autoral, “#LAMBATRANS”, onde apresentava reinterpretações de clássicos do lambadão e rasqueado cuiabano assim como canções autorais dentro do mesmo ritmo com letras políticas voltadas às populações consideradas “minoritárias”. Atualmente cursa teatro com ênfase em produção cultural pela Universidade do Estado de Mato Grosso.
Joseph Kuga: homem trans, especialista e palestrante no tema: gênero, sexualidade e transexuais no mercado de trabalho.
Yasmin Vitória é paulistana, tem 27 anos, filha única e identifica-se como mulher TRANS. Preta retinta, de origem periférica e sonhadora de um futuro melhor, cursou administração de empresas. Vem adentrando e penetrando espaços privilegiados que foram renegados enfrentando opressores com a sua existência política, lugar de fala e repertório de conhecimentos e experiências adquiridos. Hoje trabalha na área de Customer Success da America Latina, na multinacional americana Salesforce, atuando fortemente com os clientes corporativos da empresa no pós-venda.
Daniela Andrade é uma mulher transexual, programadora e ativista pelos direitos humanos, LGBT e de travestis e transexuais.
Raphael Pagotto é secretário Adjunto do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+.
Heloísa Alves é advogada, especialista em Direito Constitucional e Direito Homoafetivo. Coordenadora da representação da Aliança Nacional LGBTI+ no Estado de São Paulo. Coordenadora da Pauta de Diversidade do movimento “Direitos Já! Fórum pela Democracia” e Coordenadora Adjunta da Comissão da Diversidade Sexual da OAB, subseção Santo Amaro.
Symmy Larrat é a atual presidenta da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Formada em publicidade e propaganda, foi coordenadora nacional LGBT no governo de Dilma Rousseff e implementadora e coordenadora do Programa Transcidadania da Prefeitura de São Paulo. Atualmente é coordenadora da Casa Neon Cunha em São Bernardo do Campo.
Neon Cunha é ameríndia, negra e transgênera. Militante independente, formada em publicidade e propaganda e artes plásticas, hoje milita na Marcha das Mulheres Negras.
Arthur Cardoso é estudante de direito na Universidade Nove de Julho (UNINOVE) e atualmente trabalha como chefe de Seção Judiciário do TJ/SP.
Cássia Azevedo: Graduada em serviço social na Universidade Nove de Julho (UNINOVE). Trabalha no Centro de Cidadania LGBTI Édson Néris, como Assistente Social no programa Transcidadania. Participa do movimento LGBTI da UNAS-Heliópolis.
Emanoel Henrique Lunardi Ferreira, 26 anos, 1º Policial Militar transexual no Estado de SP, membro da RENOSP LGBTI+.
Luiz Fernando Uchôa é jornalista, professor de inglês e espanhol,
coordenador do Núcleo de Transmasculinidades da Rede Família Stronger, coordenador adjunto da área de homens trans e transmasculines da Aliança Nacional LGBTI+ e colunista do projeto Vidas Alternativas Brasil.
Homenageados:
Casa Florescer é um centro de acolhimento para a população de mulheres trans e travestis em situação de rua. Podem ser acessados por meio de encaminhamentos dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especial de Assistência Social (CREAS), Centros POP, outros serviços socioassistenciais, demais políticas públicas e órgãos do Sistema de Garantia de Direitos.
Casa Chama é uma associação cultural de cuidados LGBTQIAP+ plural e fluida, que surgiu da necessidade de criar mais espaços de pesquisa, discussão e ação. A casa é um ambiente de convívio seguro que produz desde eventos culturais e grupos de estudo até projetos de cuidado e apoio jurídico. Para isso, fazemos uso de ferramentas de organizações civis para realizar ações colaborativas efetivas. Somos uma família aberta: nosso objetivo é crescer, criar mais suportes, compartilhar nossa infraestrutura para gerar autonomia por meio do afeto.
Erika Hilton é vereadora eleita da cidade de São Paulo. Negra e transvestigênere, foi a mulher mais bem votada em 2020 em todo o país, a mais votada do PSOL e é a primeira trans eleita para a Câmara Municipal paulistana, com mais de 50 mil votos. Foi co-deputada estadual em São Paulo pelo mandato coletivo da Bancada Ativista (PSOL). Ex-estudante de Gerontologia da UFSCar, é ativista dos Direitos Humanos, na luta por equidade para a população negra, no combate à discriminação contra a comunidade LGBTQIA+ e pela valorização das iniciativas culturais jovens e periféricas.
Eloina dos Leopardos é atriz e artista travesti e foi a primeira rainha de bateria do RJ da Beija-Flor. Nas décadas de 80 e 90, apresentava o show ”Noite dos Leopardos” um verdadeiro sucesso da noite carioca nas décadas de 80 e 90. Em 2017, participou do documentário Divinas Divas, de Leandra Leal, no qual aparece ao lado de Rogéria, Valéria, Jane di Castro, Camille K., Fujica de Holliday, Marquesa e Brigitte de Búzios, consideradas a primeira geração de artistas travestis do Brasil.
Mariana Munhóz é cantora, cabeleireira e maquiadora, mãe protetora e amiga dos animais. É cantora transexual desde os 18 anos. Fez parte do Coral da USP, como soprano.
Léo Paulino é ativista de direitos humanos com ênfase em transgeneridades. Bacharel em direito. Assessor da Comissão de Direitos Humanos da OAB de São Bernardo do Campo. Coordenador do projeto/ON TRANSFORMAÇÕES – transformando vidas (Inclusão profissional), faz atendimentos jurídicos sobre as mais diversas demandas, desde retificação de nome e gênero, direito de família, imobiliário e penal. Durante a pandemia, ficou responsável pela cidade de Santo André na entrega de cestas básicas para a população LGBT em situação de vulnerabilidade. Por meio do Projeto Sobreviver, distribuiu mais de 2 mil cestas básicas para as travestis em prostituição, kits de higiene e beleza. Além disso, doou 2 mil máscaras em Santo André, kits de higiene para as travestis do Centro de Detenção Provisória de Pinheiros e 100 litros de água sanitária para limpeza do pavilhão. No final do ano, o projeto distribuiu presentes para as travestis e as mulheres cis em prostituição.