Ator, diretor, cantor, compositor e professor. O currículo de Dan Nakagawa é extenso e, também, repleto de projetos instigantes – entre eles, parcerias com Ney Matogrosso, espetáculo montado na Suécia e participação em novelas da TV Globo e séries da HBO e Netflix.
Nakagawa é estudante egresso da SP Escola de Teatro, onde cursou Direção, e onde é atualmente docente no curso de Sonoplastia, posto que ocupa desde o início do ano. “Sempre quis dirigir, mas não sabia por onde, então vários amigos artistas começaram a me falar da SP, fiquei muito intrigado logo de cara”, conta.
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Revendo a trajetória na Instituição, hoje ele destaca dois pontos positivos na metodologia aplicada na sua formação. “Primeiro, a possibilidade de praticarmos o fazer teatral com aprendizes de todas as áreas, de maneira intensa, através do que chamamos de Experimentos; segundo, pelo aprendizado com professores e formadores diversos e muito atuantes na cena teatral no Brasil e também no exterior.”
Após o fim dos quatro módulos do curso, a passagem pela Escola lhe serviu de vitrine e impulso para vários trabalhos, afirma. “Sempre rodeado de aprendizes e egressos da SP (atores, sonoplastas, dramaturgos, cenógrafos, iluminadores e figurinistas), dirigi e escrevi três peças teatrais que estrearam em teatros como Teatro da Revista, Teatro de Arena Eugênio Kusnet, Os Satyros e Teatro Sérgio Cardoso.”
A arte de Dan Nakagawa, inclusive, atravessou o além-mar. “Ano passado, realizei uma leitura com atores suecos em Estocolmo, como fruto de um intercâmbio que fiz como professor entre a SADA e a SP, e ainda esse ano volto à Suécia para dirigir uma performance de música e dança num teatro lindo chamado Moderna Dans Teatern, com dançarinos, músicos e artistas de vários lugares do mundo.”
Compondo trilhas sonoras, Dan Nakagawa já atuou em parceria com diretores como a cineasta Helena Ignez, o alemão Thomas Plischke e Ricardo Gali. Além disso, já assinou a direção e a dramaturgia de espetáculos como “Não Ia Ser Bonito?” (2014) e “O Aniversário de Jean Lucca” (2019) – que ganhou leitura dramática em Estocolmo, em 2018, com atores suecos.
O currículo dele inclui ainda atuações, seja em peças, como o espetáculo “Mistérios Gozosos”, de José Celso Martinez Correa”, como em filmes, telenovelas e as séries “Hard”, da HBO, e “Onisciente” (ainda inédita), da Netflix. No papel de professor, passou pelos espaços Canto do Brasil, Espaço Musical, Cia das Cordas, SP Escola de Teatro, Oficina Oswald de Andrade e Tip Toe Discovery School.
Prolífico, essa experiência dele com direção e atuação somadas ao seu trabalho de músico e compositor lhe rendem habilidades potentes para a produção musical teatral. É isso, por exemplo, que o artista tem compartilhado na sala de aula com os estudantes de Sonoplastia – uma relação de proximidade que começou na época de estudante e segue até hoje, passando por vários projetos conjuntos de Nakagawa e a instituição.
“A verdade é que eu nunca saí da SP. Eu sou apaixonado por essa escola”, afirma. “Quando eu fiz o intercâmbio na Suécia, vi a SP de longe e pensava: Que escola maravilhosa a gente tem no Brasil… Falo isso de boca cheia. É uma escola em constante choque, antenada com o mundo. Continuo aprendendo diariamente, numa perspectiva diferente, mas me sinto sempre nesse choque criativo.”
PROCESSO SELETIVO
Quem quer passar por essa experiência de produzir arte e transformar essas vivências em uma profissão, como fez Dan Nakagawa, tem a oportunidade de se inscrever nos cursos regulares da SP Escola de Teatro até o dia 29 de abril. Uma chance de estudar teatro com profissionais renomados e sem pagar nada por isso. Como o diretor, ator, compositor e hoje formador da Escola, esse “é um belo cartão de visita”.
