Na última semana, a SP Escola de Teatro realizou mais uma ação cultural na Fundação Casa do Brás, com o oferecimento de uma oficina de Circo com iniciação de malabares por estudantes bolsistas do Programa Oportunidades da Escola. Dentre outros objetivos, a iniciativa buscou expandir os horizontes, divertir e mostrar novas possibilidades dentro do universo artístico e cultural para os jovens que cumprem medida socioeducativa de internação na instituição.
Os artistas circenses e estudantes da SP, Isabela Picolotte e Danilo Tenucci, ministraram uma oficina com diversos exercícios e brincadeiras com bolas e pinos de malabares. O evento foi muito produtivo e os jovens ficaram empolgados em participar, alguns, inclusive, demonstraram muita facilidade no manuseio dos equipamentos. No diálogo com os adolescentes, foi possível ouvir relatos de sonhos e projetos futuros, além de muito interesse em ingressar em áreas artísticas como o teatro e o circo.
As oficinas fazem parte de uma série de ações que, em 2022, a SP está realizando em prol do diálogo com o espaço cultural de seu entorno. Nesse contexto, foi pensando em incentivar uma interlocução artística com a região do Brás, que a Biblioteca e o Programa Oportunidades decidiram criar essa contrapartida com os estudantes bolsistas da ação cidadã. Um dos objetivos da iniciativa também foi de aproximar os aprendizes de praças, avenidas, transeuntes e ambientes públicos. No mês de julho, o Cine Bijou, em parceria com SP Escola de Teatro, também exibiu o filme Medida Provisória para 75 jovens da Fundação.
Para João Martins, analista de projetos do programa, os estudantes Isabela e Danillo conseguiram gerar um engajamento de todos os jovens na atividade:
“Foi muito interessante o diálogo com os adolescentes e ouvir eles falando de projetos e sonhos futuros. Ali todos já estavam em uma situação de término da medida socioeducativa, aguardando a liberação do judiciário para deixar a instituição. Isso ficou muito evidente nas conversas, quando os jovens apontaram seus sonhos e desejos, inclusive na carreira artística.”
Nesse contexto, como endossa o analista, a parceria com a autarquia é interessante para estreitar laços com a fundação e realizar um trabalho artístico duradouro que promova acessibilidade e abra os olhos dos jovens para novas possibilidades após o período de reclusão. Além disso, tal contato dos estudantes da escola com os adolescentes da instituição gera um espaço de entrosamento propicio para o aprendizado mútuo.
Confira a galeria de fotos da atividade: