Aconteceu nos dois últimos sábados, na sede do Brás da SP Escola de Teatro, a Mostra de Microcenas, na qual os estudantes de Direção da instituição de ensino apresentaram o resultado da criação de um projeto artístico de cenas curtas com no máximo 10 minutos.
Neste semestre, esta prática foi desenvolvida em parceria com as linhas de estudos de Atuação e Humor, com a performatividade como eixo temático do Módulo Azul, e personagem/conflito como eixo temático do Módulo Verde.
Para as apresentações, primeiramente, cada estudante de Direção elaborou seu próprio projeto, organizando previamente todos os elementos pensados para compor seu processo de direção. Num segundo momento, os estudantes de Atuação, Humor e Direção se encontraram para uma partilha dessas primeiras ideias, com a finalidade de formar os grupos para execução das propostas.
Um Fascista no Divã, de Marcia Tiburi e Rubens Casara, segue em cartaz na SP Escola de Teatro
Os núcleos são pequenos e formados por 1 estudante de Direção e de 2 a 4 estudantes de Atuação e Humor. Eles tiveram 4 dias consecutivos de montagem, buscando colocar em prática as ideias colocadas no projeto inicial. No 5º dia, todos os grupos apresentaram os resultados na Mostra de Microcenas, realizada na sede Brás da SP Escola de Teatro nos dias 4 e 11 de março.
Todo este processo foi orientado por Fabiano Lodi e Anderson Claudir, artistas docentes de Direção, e pelas artistas docentes de Atuação e Humor, Mawusi Tulani, Juliana Valente, Soraya Saide e Flávia Paiva, sob coordenação de Rodolfo García Vázquez, Hugo Possolo e Raul Barreto, coordenadores respectivamente das linhas de Direção, Atuação e Humor.
“As microcenas reúnem muitos elementos desafiadores para estudantes de direção. É um processo que vai do sonho artístico às condições concretas, do mundo das ideias ao mundo das realizações. Estes mundos nem sempre correspondem às expectativas um do outro. Esta é uma realidade, ao mesmo tempo, muito dura e inspiradora. Exige capacidade de articulação, negociação, flexibilidade e resiliência para fazer os projetos acontecerem, mediante o que está acessível no momento. É uma vivência fortemente alinhada às práticas profissionais, onde frequentemente artistas da direção precisam exercitar essas habilidades”, relata Fabiano Lodi.
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Fotos: Rodrigo Reis