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Cleomácio Inácio, estudante de humor da SP, protagoniza espetáculo musical sobre romance gay na ditadura

Publicado em: 23/03/2022 |

Elenco de Tatuagem é formado por André Torquato, Bia Sabiá, Cleomácio Inácio, GuRezê, Júlia Sanchez, Lua Negrão, Lucas Truta, Mateus Vicente, Natália Quadros, Romário Oliveira e Zé Gui Bueno. Foto: Rodrigo Chueri

No próximo dia 14 de abril, às 21h, no Espaço Cia da Revista, estreia o espetáculo musical Tatuagem. A peça é uma adaptação do premiado filme do cineasta recifense Hilton Lacerda, e tematiza um romance improvável entre o excêntrico líder de uma trupe teatral e um jovem militar durante a ditadura. O musical fica em cartaz até o dia 5 de junho, sempre de quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 21h, com ingressos gratuitos às sextas-feiras e disponíveis para a venda na bilheteria.

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Ambientada em 1978, a narrativa se desenvolve a partir da visita do jovem militar Fininha à trupe teatral Chão de Estrelas, que é liderada pelo extravagante Clécio Wanderley. Fininha, cunhado de Paulete, estrela do grupo, acaba se apaixonando por Clécio e por todo aquele mundo marginalizado do teatro, assim os dois começam um romance emocionante e cheio de dilemas. Afinal, como Fininha poderia viver esse amor e continuar trabalhando no repressivo ambiente do exército em plena ditadura militar brasileira?

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A peça se inspirou na história do Teatro Vivencial, uma cia pernambucana famosa durante os anos 1970 e 1980 que se tornou um ícone da contracultura com sua forte militância poética. O diretor da peça, Kleber Montanheiro, comenta que muito do trabalho da Cia. da Revista é semelhante ao da trupe nordestina do filme de Hilton Lacerda:

“Nós todos temos essa ideia de junção de linguagens. A música sempre está muito presente em nossos espetáculos e exploramos outras possibilidades, como a dança, o circo, o circo-teatro e a própria revista como um gênero. Isso tem muito a ver com o Chão de Estrelas. E é interessante porque esse grupo estava inserido em um contexto de luta pela liberdade e nós estamos lutando para continuar com nosso espaço aberto, que ficou muito tempo fechado durante a pandemia”, compara o encenador.

O espetáculo também é inspirado no filme homônimo, de 2013, protagonizado por Jesuíta Barbosa e Irandhir Santos. O longa foi muito bem recebido pelo público e pela crítica na época e alçou os atores pernambucanos ao estrelato. Embora a adaptação seja muito fiel aos diálogos do longa, a trilha sonora passou a incorporar as 23 canções de Raquel Virgínia, Rafael Acerbi e Assucena, do grupo d’As Baías.

Cleomácio Inácio. Foto: Rodrigo Chueri

Ex-aluno da Escola de Arte Dramática da ECA-USP, um dos protagonistas da peça, Cleomácio Inácio, atualmente é estudante da SP Escola de Teatro da linha de estudo do humor. O curso está voltado para a formação de humoristas e comediantes, capacitando-os para a atuação cênica, desenvolvendo suas aptidões de corpo e voz para o jogo cênico. São contempladas a formulação de arquétipos, criação de personagens e a elaboração de uma dramaturgia cômica. Busca-se formar um ator com visão crítica, com ênfase no humor, que contextualize sua obra e compreenda a dimensão histórica da função social do riso. O curso está sintonizado com o fazer e o saber teatral de seu tempo. Trata-se de uma formação interdisciplinar com as outras artes do palco oferecidas pela Escola.

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Sinopse

Recife, 1978. A trupe teatral Chão de Estrelas é liderada pelo extravagante Clécio Wanderley e tem Paulete como a principal estrela do grupo. Numa noite de show, eles recebem a visita do cunhado de Paulete, o jovem Fininha, que é militar. Encantado com o universo criado pela companhia, ele logo é seduzido por Clécio. Os dois iniciam um tórrido relacionamento, que coloca Fininha frente a um grande problema: lidar com a repressão existente no meio militar em plena ditadura. Um espetáculo sobre o amor e a liberdade em tempos de opressão.

Ficha Técnica

Do filme de Hilton Lacerda
Adaptação, direção, cenários e figurinos: Kleber Montanheiro
Direção musical e arranjos: Marco França
Músicas: As Baías – Raquel Virgínia, Rafael Acerbi e Assucena
Música composta – Tatuagem: Assucena
Iluminação: Gabriele Souza
Visagismo: Louise Heléne
Preparação Côco de Roda: Val Ribeiro
Assistente de direção: João Victor Silva
Co-figurinista e direção de ateliê: Marcos Valadão
Costureira: Nonata Diniz
Aderecistas: Gustavo Zanela e Rebeca Oliveira
Cenotecnia: Evas Carretero
Elenco: André Torquato, Bia Sabiá, Cleomácio Inácio, GuRezê, Júlia Sanchez, Lua Negrão, Lucas Truta, Mateus Vicente, Natália Quadros, Romário Oliveira e Zé Gui Bueno
Músico ensaiador: Gabriel Hernandes
Projeto Feito Tatuagem: Louise Heléne e Sérgio Santoian
Fotos Feito Tatuagem: Sérgio Santoian
Fotos do elenco: Rodrigo Chueri
Direção de produção: Jota Rafaelli e Luciana Venâncio
Produção: Movicena Produções
Realização: Cia. da Revista

Este projeto foi contemplado pela 11ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.

Serviço
Tatuagem, com a Cia. da Revista
14 de abril a 5 de junho
De quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 19h
Espaço Cia da Revista – Alameda Nothmann, 1135, Campos Elíseos*
Classificação: 16 anos Duração: 135 minutos com intervalo
Ingressos: às quintas-feiras – R$80 (inteira), R$40 (meia-entrada) e R$200 (mesa, com direito a dois lugares) | às sextas – grátis, distribuídos na bilheteria por ordem de chegada | aos sábados e aos domingos – R$20 (inteira), R$10 (meia-entrada) e R$40 (mesa, com direito a dois lugares)

*É obrigatório apresentar a carteira de vacinação para entrar no teatro. Servem como comprovante de vacinação o certificado de vacinas digital disponível na plataforma do Sistema Único de Saúde – Conecte SUS, ou Poupatempo Digital, e comprovante ou cartão de vacinação emitido pelos órgãos de saúde.




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