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África Dá o Tom do SP Dramaturgias

Publicado em: 05/12/2012 |

Uma lenda africana, a de Helena Pereira, deveria ser o mote principal do texto “Pé Cá Pé Lá”, da aprendiz do curso de Dramaturgia Débora Brenga, escolhido para ser apresentado ontem (4), no projeto SP Dramaturgias, na Sede Roosevelt da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Mas, durante sua elaboração, a autora acabou optando por escrever sobre como surgiram os contadores de história, a partir da saga da pequena Dandara e seu amigo Tereré, em uma aventura envolvendo um velho baobá, chamado Maria Gorda, a tia-madrinha de Dandara, um mágico porongo (fruto do qual se faz a cuia de chimarrão), um espelho encantado, a lenda do pássaro marabu e a da própria Helena Pereira.

 

Da esq. p/ a dir.: Cristiano Dantas, Renata Konsso, Valter Martins e Paloma Xavier (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)

Ricamente baseado na cultura africana, o texto cativou a plateia que lotou o primeiro andar da Sede Roosevelt. No elenco, os aprendizes de Direção Cristiano Dantas e Luisa Juppe (que leu as rubricas da história); de Atuação, Paloma Xavier, Priscila Gomes, Renata Konsso e Valter Bastos, além do artista convidado do curso de Dramaturgia, Jucca Rodrigues. Todos sob a direção de Luisa Juppe e Cristiano Dantas.

“Foi muito bom e importante participar desta leitura, que, de forma inédita, traz um texto infantil. Esse tipo de dramaturgia é, infelizmente, pouco valorizado, mesmo sendo muito trabalhoso e desafiador, por levar o seu público, tão especial, ao conhecimento e à discussão”, disse Jucca Rodrigues, logo depois da leitura da peça, que foi seguida pelo já tradicional bate-papo entre os participantes do projeto e a plateia.

“O que mais me encantou neste texto foi o seu caráter imagético. Por isso e por ele carregar tanta dinâmica, com várias mudanças de cenários, eu o via sendo encenado por bonecos. Ele nos convida a mergulhar na fantasia”, observou Luisa Juppe.

“Para mim, o que chamou mais a atenção foi esse Reino Encantado de Helena Pereira, que é completamente diferente dos reinos encantados da Disney, com, os quais nossa imaginação está acostumada. No reino encantado da peça, não há um príncipe, fadas, mas sim pessoas que estão escravizadas, seduzidas pelo canto do pássaro marabu”, disse Paloma Xavier.

Aprendiz do curso de Dramaturgia, João de Freitas, que assistiu à leitura, sugeriu à autora que ela encenasse seu texto para uma plateia formada por crianças, para testar a receptividade da obra. “Com certeza o farei”, garantiu Débora Brenga, encerrando a conversa.

A próxima edição do SP Dramaturgias (a última do ano!) está prevista para 18 de dezembro, às 19h30, na Sede Roosevelt, onde, provavelmente, será lido um texto assinado por um dos formadores da Escola. Até lá!

Sobre o SP Dramaturgias
O SP Dramaturgias realiza leituras de textos dramáticos quinzenalmente. Os textos também podem ser de autores que não façam parte da Escola, contanto que sejam inéditos. Os interessados em participar devem enviá-los para o e-mail: spdramaturgias@spescoladeteatro.org.br. Os textos selecionados são lidos apenas por aprendizes e formadores da Instituição.

SP Dramaturgias
Leituras e análises de textos teatrais inéditos
Supervisão geral: Marici Salomão e Ivam Cabral
Coordenação: Jucca Rodrigues
Comissão de Seleção de Textos: Jucca Rodrigues e Marici Salomão


 

Texto: Majô Levenstein

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