Na última quarta-feira (13) aconteceu a abertura do Festival Satyrianas 2024, com um evento especial na Ocupação 9 de Julho, símbolo de resistência na cidade de São Paulo. A cerimônia começou com “O Cortejo da Mulher Gigante”, conduzido por uma boneca em escala aumentada, criada pelos alunos da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, saindo do Espaço dos Satyros.
A boneca gigante, símbolo de resistência e luta feminista, desfilou pelas ruas ao som de uma trilha inspirada em figuras históricas como Marielle Franco, Teresa de Benguela e Ruth de Souza, exaltando a força da presença feminina negra.
Depois do Cortejo, Preta Ferreira, multiartista e ativista social premiada no Festival de Gramado, coloriu a abertura das Satyrianas com um show espetacular. A Cozinha Ocupação 9 de Julho também esteve presente, realçando a abertura com o tempero certo e marcando o início de uma jornada de quatro dias de arte e transformação.
Primeiro dia do Festival Satyrianas 2024
Nesta quinta-feira (14), a SP Escola de Teatro foi um dos palcos do primeiro dia da 25ª edição do Festival Satyrianas que, desta vez, contará com mais de 78 horas ininterruptas de programação artística, incluindo teatro, dança, circo, performance, música, literatura, e muito mais, somando mais de 400 atrações.
Exposição de máscaras feitas pelos alunos do curso de Técnicas de Palco
Estarão expostas até o domingo (17) máscaras produzidas nas aulas do curso de Técnicas de Palco da SP Escola de Teatro.
Dentro da proposta do artista docente Diego Pallardó, o processo de criação das Máscaras Larvárias começa a partir de um desenho; uma figura nem humana e nem animal, mas que transmita algum tipo de emoção. Posteriormente, os alunos fizeram uma escultura em argila, que deu origem ao molde de gesso – o negativo. Dentro desse molde, as máscaras tomam forma a partir da aplicação de papel, sendo finalizadas com massa corrida.
Cena-estudo “Só um Batom”
O primeiro dia do Festival também contou com a cena-estudo “Só um Batom”, que encheu a Sala Alberto Guzik (R1). Com orientação do docente do curso de dramaturgia Antonio Duran, a cena ocorre em torno da relação delicada entre Aurora e Alice. Doença, fragilidade, fim e intimidade são as bases da troca conflituosa entre as personagens em cena.
Direção: Mario Tadeo. Elenco: Débora Lima e Júlia Brandão. Dramaturgismo: Clarissa Roberta e Fernanda Cunha. Sonoplastia: Carol Pfeffer e Felipe Zancanaro. Cenografia e Figurinos: Anderson Caf Reis e Beatriz Alves.
Leitura encenada da peça curta “DIU”
Com texto de Amanda Carneiro, “DIU” foi encenada na Sala Vange Leonel (R4) da SP Escola de Teatro. Na peça, uma mulher observa as marcas da cidade, enquanto uma outra marca a si própria. Ao se encontrarem em um consultório, seus pigmentos e riscos aparecem.
Direção: Lilian Regina. Elenco: Arami Argüello, Jeniffer Rossetti e Jozéffa Duarte.
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