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1º encontro do Cineclube SP Alma no Olho emociona participantes com filme premiado sobre vivências trans; confira como foi o evento

Publicado em: 10/05/2022 |

1º encontro do Cineclube SP Alma no Olho emociona participantes com filme premiado sobre vivências trans; confira como foi o evento. Foto: Edson Rocha.

Ontem, dia 9 de maio, o Cineclube SP Alma no Olho deu início às suas atividades na sala R4 da unidade Roosevelt da SP Escola de Teatro! Os encontros, que serão sempre às segundas, 20h, têm o objetivo de incentivar e valorizar o cinema nacional e independente, promovendo a exibição e discussão sobre filmes diversos que tratem de temas importantes. Após cada sessão acontece um bate-papo especial com a equipe do evento, cuja realização é pelo Programa Oportunidades da Instituição em colaboração com os estudantes.

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O nome do projeto é uma referência ao consagrado filme de Zózimo Bulbul de 1974, Alma no Olho, clássico do cinema brasileiro que através da linguagem metafórica e experimental trabalha temas que eram relevantes em sua época e são até os dias atuais. Portanto o Cineclube SP busca trazer filmes que gerem discussões importantes para a atualidade, nesse sentido, o primeiro filme abordou a resiliência e luta contra o suicídio, problemática recorrente entre pessoas trans.

Intitulado Preciso Dizer Que Te Amo, o documentário de Deniell Lunan Bircol, estudante da SP Escola de Teatro, e que teve direção e roteiro por Ariel Nobre, retrata a relação de jovens trans com o corpo, com a vida e com o sagrado, utilizando para isso o estilo documentário. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), com base nos dados de uma pesquisa realizada em 2018, 42% da população trans já tentou suicídio, dentre os homens trans 85,7 % já pensaram ou tentaram se matar.

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Além disso, o curta é autobiográfico e conta um pouco da trajetória de vida de amigos, assim como seus processos de auto reconhecimento e aceitação no meio familiar e social. No entanto, apesar do assunto sério e alarmante, João Rodrigo, analista de projetos do Programa Oportunidades, ressalta que o aspecto lírico do filme emociona e desperta no público muitas emoções:

” Apesar de tratar de um tema tão delicado, o curta não tem apenas um ar pesado, isso acontece justamente pela poesia, força de renascimento e energia de mobilização coletiva que ele evoca”.

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O segundo filme exibido, Paradoxo, trouxe uma São Paulo distópica que vive uma crise econômica após um golpe de estado financiado pela elite do país. O desemprego, a miséria da classe trabalhadora, a realidade cruel das ruas, saúde mental e valores éticos são alguns dos assuntos tratados na narrativa. Segundo João, a obra reflete acerca do mecanismo de controle sobre as pessoas, o qual é utilizado em prol da manutenção do modelo capitalista de produção. No evento compareceram também estudantes não bolsistas do Programa Oportunidade e um público externo, e ao final das sessões a conversa com Camila Araújo, bibliotecária da escola, e com João Rodrigo, foi muito produtiva e enriquecedora. Nesse contexto, o analista pontua a importância dessa troca:

“Foi bem interessante ouvir a perspectiva do pessoal, debater as questões estéticas e políticas que os curtas apresentavam”.

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João ainda afirma que o Cineclube não apenas tem cumprido com os objetivos de promover debates acerca de materiais audiovisuais, mas também cria espaços para que as pessoas de fora da escola possam estar engajadas, se apropriando efetivamente do espaço e participando cada vez mais das atividades que a SP oferece.

 

Confira imagens exclusivas de como foi o evento: 





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