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100 anos da Semana de 22: Conheça Bananal, de Lasar Segall

Publicado em: 04/02/2022 |

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Feita em 1927 pelo pintor, gravador, escultor e desenhista Lasar Segall, que foi um dos expoentes do modernismo, a pintura Bananal apresenta uma figura solitária em meio a uma grande plantação de bananas.

Trabalhada em tons de verde e azul que compõem a coloração das folhas das bananeiras, o fundo se confunde com uma composição abstrata. Segundo pesquisadores, as linhas de contorno são sutis, e demarcam na pintura os limites entre figura e funda, que têm grandes diferenças explícitas, mas também suas interligações: enquanto a figura central é extremamente expressiva e suas soluções plásticas remetem a máscaras africanas e composições cubistas, o fundo é preenchido com uma representação descritiva do que seria o bananal. E, portanto, possui formas geométricas e diferentes tons que tornam a obra muito ornamental e harmônica.

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Estudiosos afirmam que o personagem retratado seria Olegário, um antigo homem que foi escravizado e realizava trabalho forçado na fazenda da família Silva Telles.

A data em que o artista pintou a obra coincide com o ano em que ele se naturalizou brasileiro, nascido na Lituânia e de origem judaica, Segall já era um artista reconhecido quando decidiu se mudar para o Brasil. Tendo estudado em Berlim e Dresden, e foi um dos fundadores do grupo expressionista Secessão, muito de sua obra foi inclusive marcada pelos traumas da Primeira Guerra e pela violência das perseguições aos judeus.

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Bananal é uma homenagem ao Brasil, Segall considera o país o fez descobrir o “milagre da luz e da cor”. De maneira que sua experiência aqui marcou sua obra de forma significativa, na capital paulista, o lituano passou a ser considerado um representante das vanguardas europeias, com grande impacto na cultura brasileira.

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Realizou grandes murais para a decoração do Pavilhão de Arte Moderna de Olívia Guedes Penteado, em São Paulo, entre 1924 e 1925, e manteve contato com modernistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Mário de Andrade, o crítico que mais escreveu sobre Segall e que foi retratado por ele. Também teve participação ativa na vida cultural de São Paulo: fundou a Sociedade Paulista de Arte Moderna, em 1932, e foi um dos articuladores do modernismo.

 




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