Na última semana, aconteceu em Santos a 6ª edição do MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, promovido pelo Sesc São Paulo. O ator, diretor, dramaturgo e diretor executivo da SP Escola de Teatro, Ivam Cabral, foi um dos curadores convidados das Atividades Formativas do evento, ao lado de artistas como Jhonny Salaberg e Giovana Soar.
Das 36 peças apresentadas nesta edição do evento, Cabral assistiu a 20 espetáculos, além de ter visto performances, visitado instalações artísticas, participado de rodas de conversa, ações digitais, conferências e lançamentos de livros.
O artista, que já passou por grandes festivais como os de Edimburgo, Avignon e Hollywood, afirmou em seu blog que o evento promovido pelo Sesc se encontra hoje como um dos maiores festivais do planeta e contou com uma produção polifônica que reflete as diversidades de linguagens e temáticas de pesquisas sérias e comprometidas com o nosso tempo.
“A organização do Sesc é impecável, tudo funciona milimetricamente. As áreas de convivência são muito acolhedoras e propiciam encontros potentes entre artistas, estudiosos e público. As atividades formativas e pedagógicas, por sua vez, levaram a discussões apaixonadas e cheias de proposições. Tudo dentro de um clima íntimo e acolhedor. Foi a retomada mais que perfeita ao modo físico. Saio renovado do Mirada 2022, encontrei aqui pessoas muito interessantes, um ambiente democrático e aberto ao diálogo inteligente.”
Com o objetivo de estimular trocas, refletindo sobre heranças comuns e identidades particulares, o MIRADA– Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas surgiu há 12 anos, com o objetivo de apresentar experiências cênicas dos países da América Latina, Espanha e de Portugal, favorecendo diálogos entre seus criadores e apresentando ao público algumas de suas produções. Em 2022, o evento retornou ao âmbito presencial, compartilhando espetáculos, propondo encontros e atividades formativas.
“A cultura proporciona a oportunidade de reduzir fronteiras e fortalecer diálogos nentre povos diversos. No ano do bicentenário da independência do Brasil, o Mirada tem Portugal como país homenageado, ensejando reflexões alinhadas às críticas decoloniais acerca das relações históricas e socioculturais entre os países envolvidos, cujas consequências repercutem até os dias atuais,” comentou Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo e conselheiro da Adaap, gestora da SP Escola de Teatro, em suas redes sociais.
Confira no blog de Terras de Cabral um panorama dos espetáculos vistos por Ivam: