Em mais uma importante etapa da parceria entre Suécia e SP Escola de Teatro, Rodolfo García Vázquez, coordenador do curso de Direção da Instituição, participa durante o mês de agosto de múltiplas atividades pedagógicas e artísticas na Europa.
Até dia 26, Vázquez participa como convidado de diversos eventos. Na Universidade de Malmö, ele dará uma palestra para discutir pedagogia teatral no século 21.
Além disso, em parceria com artistas suecos, está cuidando da montagem de um texto inédito, seu e de Ivam Cabral, diretor-executivo da SP Escola de Teatro, chamado “Anna, você pode ficar”. Esse texto estreará em Estocolmo em 26 de agosto e em Malmö no dia 15 de setembro.
Depois, na Noruega, serão duas paradas em Oslo. Na Universidade de Oslo – Uniarts, um workshop de atuação e direção para estudantes. Já no Sindicato dos Artistas do Palco da Noruega, ele promoverá uma palestra sobre decolonialidade.
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Parceria longeva
A Universidade das Artes de Estocolmo (SKH), também conhecida como Uniarts, foi fundada oficialmente em 2014, porém as origens do Departamento de Atuação e Mímica e do Departamento de Teatro, com quem a ADAAP estabeleceu acordo de cooperação em 2012, remete a 1787, quando o rei Gustav 3º fundou a Academia Dramática Real (Kungliga Dramatiska Teaterns Elevskola).
Entre os artistas de fama mundial que lá estudaram, pode-se citar: Greta Garbo, Ingrid Bergman, Max von Sydow e Bibi Andersson. O embrião da parceria da SP Escola de Teatro com a instituição sueca aconteceu ainda antes da fundação oficial da SP Escola de Teatro, em 2009, quando pedagogos suecos, em visita ao Brasil, encantaram-se com o sistema pedagógico original que a ADAAP estava desenvolvendo para a escola brasileira que abriria as portas no ano seguinte.
Com o início das atividades, elaborou-se um grande projeto, que em 2012 seria aprovado pelo Programa Linnaeus-Palme, com oito anos de financiamento integral para intercâmbio docente e discente de brasileiros e suecos. Foram contemplados nada menos do que 34 estudantes e 38 professores, sendo que vários deles participaram mais de uma vez. Todas as atividades foram financiadas pelo programa sueco.
De modo geral, tanto em São Paulo quanto em Estocolmo, os intercâmbios tinham a duração de 12 semanas para alunos e três semanas professores. Os estudantes brasileiros contemplados para viajar tiveram a oportunidade de frequentar os cursos universitários de atuação, mímica e cinema, entrando em contato com novas técnicas e metodologias, além da perspectiva social e cultural enriquecedora que este tipo de ação propicia.
Além das aulas regulares na universidade sueca, os intercambistas ainda tinham a oportunidade de integrar eventos externos, como workshops no Bergman Center, na ilha de Farö, sob orientação de Ariane Mnouchkine, diretora do Théâtre du Soleil, um dos principais ícones do teatro mundial contemporâneo. O resto do corpo discente da Escola, por sua vez, foi igualmente beneficiado pela parceria ao longo dos anos, já que dezenas de professores da SKH vieram ao Brasil para ministrar aulas e oficinas tanto no Curso Técnico quanto nos Cursos de Extensão Cultural.
A professora Ulrika Malmgren, consagrada atriz de Estocolmo e acadêmica da SKH, tem sido ao longo dos anos uma das principais apoiadoras desse projeto crucial para a pedagogia da SP Escola de Teatro. Em 2020, Ulrika Malmgren também dirigiu um documentário, que foi publicado no Vímeo, retratando a parceira de 8 anos entre a Universidade Sueca e a SP. O curta foi codirigido por Gabriel Alvim, um estudante que realizou intercâmbio na Academia em 2018. Fazem parte do filme depoimentos de estudantes, artistas, além do relato de Ivam Cabral e do coordenador pedagógico da escola à época, Joaquim Gama.
