Acontece neste sábado, 26, das 14h às 17h30, a mesa Lélia Gonzalez: formação e clínica em coletivos de escuta pública do 1º Colóquio “A Psicanálise em Interseccionalidade”, na sede Roosevelt da SP Escola de Teatro.
Com a proposta de refletir se o inconsciente é interseccional, a mesa irá discutir a pertinência para uma psicanálise pública da obra de Lélia Gonzalez, que foi uma mulher negra, intelectual e ativista. Ao propor uma visão afro-latino-americana do feminismo, foi pioneira nas discussões sobre relação entre gênero e raça. A abrangência de seu pensamento atravessa a filosofia, a psicanálise e o candomblé.
O colóquio se apresenta a partir da frase da pensadora “E o risco que assumimos aqui é o do ato de falar com todas as implicações” em seu texto Racismo e sexismo na cultura brasileira, que coloca todos a agir diante das opressões sistêmicas. Entre vários pontos de ruptura epistêmica e ampliação do pensar psicanalítico, a noção da autora traz a perspectiva de que dos mais simples e cotidianos dizeres às mais reverberantes oposições, é necessário assumir pensamentos e falas.
O evento, que acontece em formato híbrido, é organizado pelo LATESFIP-Cerrado, NOZ Coletivo, PSILACS e PSOPOL, com apoio da SP Escola de Teatro e Ocupação Arte em fluxo.
Além da mesa de amanhã, o colóquio conta com mais outras três mesas em diferentes estados do país. Uma que acontece na Universidade de Brasília no dia de hoje, 25, cujo tema é Dimensões filosóficas e psicanalíticas do pensamento de Lélia Gonzalez. A outra no dia 28, em Belo Horizonte na Universidade Federal de Minas Gerais, com o tema Lélia Gonzalez e a política da raça. E por último, no dia 1º de dezembro, em Recife na Universidade Federal de Pernambuco, com o tema O legado de Lélia Gonzalez.
Para participar não é necessário inscrição e os organizadores emitem certificado a todos os participantes. A transmissão online das mesas ocorrerá via Youtube.
Serviço:
Lélia Gonzalez: formação e clínica em coletivos de escuta pública
26/11
São Paulo – SP Escola de Teatro – Unidade Roosevelt
14:00h – 17h30
Convidados:
Veronica Rosa – Coletivo Perifanálise
Emilia Ramos – Coletivo Perifanálise
Thais Cavalcante – Redes Escutas Marginais
Anna Turriani – Redes Escutas Marginais
Augusto Coaracy – Coletivo Praça Roosevelt
Mayara Pinho – Coletivo Praça Roosevelt
Mediação:
Priscilla Santos de Souza – PSOPOL/USP
Abertura:
Profa. Miriam Debieux Rosa – PSOPOL/USP
Coordenação:
Raoni Machado Jardim – PSOPOL/USP
Apoio:
Raonna Martins – PSOPOL/USP
Conheça os organizadores:
O LATESFIP (Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise é um Laboratório científico (Centro de pesquisa) interdepartamental vinculado ao Departamento de Filosofia e ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). O LATESFIP tem por objetivo fornecer o suporte acadêmico para o desenvolvimento de pesquisas interdepartamentais e divulgação científica na área de articulação entre psicanálise, filosofia e teoria social.
O NOZ Coletivo é um projeto de extensão na área da Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco e tem como objetivo criar um ambiente de construção coletiva do conhecimento, interdisciplinar e interprofissional. A principal frente de atuação são as redes sociais. Seus conteúdos, como vídeos e textos, são disponibilizados para todos, gratuitamente. Procuram apresentar suas ideias didaticamente em uma linguagem compreensível para o grande público.
O Núcleo PSILACS (Psicanálise e Laço Social no Contemporâneo) do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais visa promover o diálogo da psicanálise com as questões da atualidade, assumindo com elas um compromisso teórico-clínico e investigativo.
O PSOPOL (Laboratório Psicanálise, Sociedade e Política) da Universidade de São Paulo articula o sujeito com a construção do laço social. Estuda os fundamentos epistemológicos, filosóficos e éticos da pesquisa e prática psicanalítica. Busca referências na psicanálise para a análise e intervenção nos fenômenos sociais e as práticas clínico-políticas. Desenvolve recursos metodológicos para as práticas clínico-políticas com pessoas atravessadas pelo sofrimento sócio-político, particularmente nas situações de violências que envolvem violação de direitos, racismos, miséria e exclusão social tais como adolescentes em situação de vulnerabilidade social, imigrantes e refugiados, entre outros.