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Exposição idealizada pela SP Escola de Teatro e Biblioteca Adelpha Figueiredo homenageia Carolina Maria de Jesus em instalação biográfica

Carolina Maria de Jesus | Foto: Acervo Instituto Moreira Salles

A ADAAP (Associação dos Artistas Amigos da Praça), gestora da SP Escola de Teatro, instituição ligada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, convida todas e todos a visitarem a Instalação Carolina Maria de Jesus com abertura oficial para o público no sábado, 10,  às 10h, na Biblioteca Adelpha Figueiredo (Praça Ilo Ottani, 146 – Pari, São Paulo – SP, 03028-000). A exibição será permanente e tem acesso gratuito.

O projeto foi idealizado em uma parceria entre o Programa Oportunidades da SP Escola de Teatro e a Biblioteca Adelpha Figueiredo, com o objetivo de ampliar o acesso a mais pessoas conhecerem a trajetória e carreira dessa importante artista negra brasileira.

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“A instalação biográfica Carolina Maria de Jesus organizada na Biblioteca Adelpha Figueiredo, que a equipe da SP Escola de Teatro preparou com seus estudantes, vem ratificar essa atitude polifônica, democrática e de valorização de discursos antes marginalizados que a instituição tem como um de seus pilares. O público terá uma excelente oportunidade para conhecer o trabalho dessa importantíssima escritora brasileira, uma das primeiras autoras negras publicadas no país”, afirma Ivam Cabral, diretor executivo da Adaap.

Os responsáveis pela criação, pesquisa, organização e montagem do cenário da exposição são os estudantes do curso técnico em teatro de técnicas de palco e cenografia e figurino, com o apoio das linhas de estudo de sonoplastia e iluminação. Todo o processo teve a supervisão pedagógica do coordenador dos dois cursos, o prestigiado cenógrafo J.C. Serroni, e das formadoras Viviane Ramos e Telumi Hellen.

Renan Wangler, realizador da parceria por parte da Biblioteca, relata o significado da exposição nesse edifício específico:

“Carolina é um exemplo de matriarca afrodiaspórica, como tantas que ainda hoje se lançam ao mundo em busca de sustento e comida, mas também diversão e arte. Para além da questão de personalidade negra, o que já justifica minha identificação, enquanto corpo negro que sou, é uma personalidade do território onde se encontra a Biblioteca Adelpha Figueiredo, tenho certeza que em meados de 60 antes mesmo dela abrilhantar a carreira de Audálio Dantas, ela passava na rua Carlos de Campos imaginando como seria a grande obra que ela via ser construída, com ansiedade de poder ter acesso a tamanha riqueza que uma biblioteca pode oferecer. Viva a Doutora Carolina Maria de Jesus!”.

Biblioteca Adelpha Figueiredo. Foto: Divulgação

A instalação biográfica passa por todos os momentos importantes da artista destacando sua notoriedade para a sociedade brasileira. Por ter sido uma força criadora da natureza: poetisa, romancista, contista, cronista, memorialista e dramaturga, também cantora, compositora e artista circense. Sobrevivente catadora de lixo, sua vida e obra constituem uma epopeia repleta de altos e baixos. Pensadora resiliente de uma criticidade ímpar e figura pública exótica, depois invisibilizada por tratar-se do ponto de vista de uma mulher negra, mãe solo, símbolo de resistência e determinação, mas hoje é uma autora referenciada internacionalmente.

Cabral destaca como a SP Escola de Teatro sempre está se preocupando com uma sociedade mais igualitária e o quanto o processo de aprendizagem da biografia de Carolina Maria de Jesus contribuiu para a instituição:

Neemias Villas Boas, estudante de TP da SP Escola de Teatro, participa da montagem da peça Gesto, do Centro de Pesquisa Teatral (CPT)

“Muito antes da popularização dos discursos sobre decolonização pelo fortalecimento legítimo do discurso das militâncias mais ativas ou por meio dos estudos pós-coloniais (que em outros países já vinham com força há décadas, mas no Brasil demoraram um pouco para engrenar), a SP Escola de Teatro já trabalhava com tais pressupostos desde a sua fundação, seja ao escolher Milton Santos como um dos marcos teóricos de seu sistema pedagógico, ao combater a gentrificação e acolher a comunidade transexual da Praça Roosevelt para seu quadro de funcionários ou ao buscar bibliografias que não se restringiam ao cânone europeu.”

SP Escola de Teatro apresenta: Instalação Biográfica Carolina Maria de Jesus

Onde: Biblioteca Adelpha Figueiredo – Endereço: Praça Ilo Ottani, 146 – Pari, São Paulo

Quando: Permanente, a partir de 10 de dezembro de 2022

Segunda a sexta-feira, das 10h às 17h 
Sábado, das 10h às 13h

Acesso gratuito

Classificação indicativa livre

Ficha técnica: 

Diretor Executivo: Ivam Cabral.

Coordenador Pedagógico: Joaquim Gama.

Coordenador das linhas de estudos de Técnicas de Palco e Cenografia e Figurino: JC. Serroni.

Coordenadora da linha de estudos
Sonoplastia: Tâmara Davis.

Coordenador a linha de estudos
Iluminação: Guilherme Bonfanti.

Idealização: Bolsa Oportunidade: Dione Leal, João Rodrigo, Renata Morello.
 Biblioteca Adelfa Figueiredo: Renan Wangler de Andrade Silva.

Curadoria e orientadoras de pesquisa: Telumi Hellen e Viviane Ramos.

Desenvolvimento do projeto expositivo: Telumi Hellen e Viviane Ramos.

Assessoria: Elen Londero e Luiza Camargo.

Produção executiva: Claudia Salloti.

Coordenação de execução: Viviane Ramos.

Técnicos colaboradores da execução e montagem: Ary Gutenberg, Cezar Renzi e Vinicius Lopes.

Estudantes participantes:

Curso de Técnicas de Palco: Alycia Machaca, Ana Luísa Martins, Bruno Torato, Caio Aquino, Daniela Lunardi, Isis Patacho, Jade Figueiredo, José Carneiro, Mara Suman , Marcelo Evangelista, Marina Constanza Pavez, Matheus Góis, Nathalia Cristine, Pedro Rivera, Mucah Freire, Stephanie Barros, Tatiane Furlaneto, Vhelma Vivian León e Western.

Curso de Cenografia: Aline Tavares, Arthur Hideki, Erronizar, Guilherme Santti, Lara Paim, Mikaella Rodrigues, Nathália Cotrim, Rapha D’Lire, Tarsila Louzano, Yara Barrão.

Curso de Sonoplastia: Gabrielle Leme, Katheleen Costa, Lucas Tancsik e Mica Matos. Curso de Iluminação: Igor Yabuta




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