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SP Escola de Teatro e suas realizações em celebração ao centenário de 1922 são destaque no UOL

Exposição Universo Pagu na sede Brás da SP Escola de Teatro. Foto: SP Escola de Teatro.

Nesta quarta-feira, 16, a SP Escola de Teatro foi destaque no portal UOL! com uma entrevista exclusiva de Ivam Cabral, diretor executivo da escola, para o colunista Matheus Pichonelli. A matéria aborda o centenário da Semana de 1922 e o legado dos modernistas, mas também é comentada tal herança artística que tanto a SP quanto os Satyros, cia fundada por ele e Rodolfo García Vázquez, carregam em sua trajetória.

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A SP Escola de Teatro foi bem-sucedida em promover um rico calendário de atividades culturais de celebração à data centenária, as quais são relembradas e enaltecidas na matéria. O UOL destaca desde as performances, como a apresentação de “Tico-Tico no Fubá” pela cantora Anná, até as Leituras Modernistas e a Universo Pagu, original exposição desenvolvida com ativa participação e engajamento dos estudantes do curso técnico. É pautado como a instituição trouxe uma pedagogia que provocou pensamento crítico e redescoberta sobre a contemporaneidade a partir da reflexão sobre o histórico evento.

Anná no clipe Tico-tico no fubá – Residência SP Modernistas – Foto: SP Escola de Teatro.

A partir disso, Ivam explicou como o conceito de antropofagia desenvolvido por Oswald de Andrade, que serviu de base para o trabalho de muitos artistas da icônica Semana de 22, foi importante para o início da história do Satyros, em 1989, quando a companhia foi fundada. Isso ocorre principalmente por meio da inovadora proposta desenvolvida por José Celso Martinez Corrêa com o Teatro Oficina, a qual têm raiz no movimento de 1960 que é fruto da tradição modernista: o Tropicalismo.

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Sobre o teatro de Zé Celso, Ivam comenta “Seu trabalho até hoje nos provoca e instiga a pensar sobre a arte brasileira.” O artista ilustra a força do tropicalismo no geral, citando alguns exemplos de expoentes do movimento famosos no MPB brasileiro como Caetano, Gil e Tom Zé, e ainda reforça a extensão dessa influência trazendo mais exemplos conhecidos, principalmente de artistas que vieram da periferia e hoje fazem grande sucesso, como Anitta, Liniker, Linn da Quebrada, Emicida e Ludmilla.

Diante dessa inegável importância do patrimônio cultural que foi a Semana de 22, Ivam ainda aborda as atuais discussões que questionam a hegemonia do movimento. Ele explica que, apesar da problemática que envolve o fato da maioria dos modernistas serem parte da elite paulista, ainda é possível pensar o evento como um momento de uma reflexão a respeito da natureza da identidade brasileira na cultura, que trazia também muitas referências não colonizadas. “Se pensarmos no momento histórico que São Paulo vivia no começo do século 20, com os grandes fluxos migratórios, a violenta transição do fim da escravidão e o processo de industrialização, a Semana de Arte Moderna foi a síntese cultural desse momento radical da sociedade paulista” comenta Ivam.

Confira a matéria oficial neste link!




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