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EspetĆ”culo portuguĆŖs AnĆ³nimo NĆ£o Ɖ Nome de Mulher Ć© sucesso no palco da sede Roosevelt da SP Escola de Teatro

LuĆ­sa Pinto e Maria Quintelas no espetĆ”culo AnĆ³nimo NĆ£o Ɖ Nome de Mulher | Foto: Andre Stefano

Na Ćŗltima semana, aconteceram duas apresentaƧƵes abertas ao pĆŗblico, na sede Roosevelt da SP Escola de Teatro, do espetĆ”culo AnĆ³nimo NĆ£o Ɖ Nome de Mulher, da Cia. Narrativensaio ā€“ AC, grupo portuguĆŖs que Ć© conduzido pela encenadora, atriz e professora de teatro na Escola Superior ArtĆ­stica do Porto (ESAP), LuĆ­sa Pinto.

Depois de estrear, no mĆŖs de janeiro, em Portugal, na cidade de Vila Nova de FamalicĆ£o, a peƧa foi um sucesso em terras brasileiras e teve suas duas sessƵes, nos dias 9 e 10 de fevereiro, lotadas. A direĆ§Ć£o Ć© de AntĆ³nio DurĆ£es e as atuaƧƵes de LuĆ­sa Pinto e Maria Quintelas.

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A dramaturgia nasceu do encontro da diretora artĆ­stica da companhia com os livros ā€œMalacarne: Mulheres e manicĆ“mios na ItĆ”lia fascistaā€, da italiana Annacarla Valeriano, que foi agraciado com o prĆŖmio Benedetto Croce em 2018, e ā€œHolocausto Brasileiroā€, da brasileira Daniela Arbex, que conquistou o segundo lugar do prĆŖmio Jabuti, em 2014, na categoria de Reportagem.

LuĆ­sa percebeu semelhanƧas entre os dois contextos e decidiu levar a histĆ³ria ao palco, convidando a jornalista Mariana Correia Pinto para escrever o texto, em sua estreia como dramaturga.

ā€œFomos percebendo que era uma realidade muito comum aos regimes opressores. A peƧa nĆ£o identifica o local onde a aĆ§Ć£o se passa, o que interessa Ć© que estamos num regime opressorā€, explica Mariana.

LuĆ­sa Pinto e Maria Quintelas no espetĆ”culo AnĆ³nimo NĆ£o Ɖ Nome de Mulher | Foto: Andre Stefano

Enquanto pesquisava, ela teve a sensaĆ§Ć£o de que esta situaĆ§Ć£o nĆ£o era exclusiva dos sĆ©culos XIX e XX, mas que ainda acontece atualmente ā€œObviamente nĆ£o sĆ£o os hospĆ­cios, mas ainda existe uma luta maior para mulheres do que para homensā€.

A produĆ§Ć£o portuguesa retrata o drama de duas mulheres dadas como loucas por desafiarem regimes opressores. Internadas em hospĆ­cios, elas debatem-se com as suas dores, dĆŗvidas e sonhos em cacos. Naquele lugar desumanizado, surge, no entanto, esperanƧa e a questĆ£o ā€œpoderĆ” a bondade vencer a opressĆ£o?ā€ Ć© levantada ao espectador.

Enquanto estas vidas se enovelam, outra mulher narra a sua histĆ³ria. Amor e violĆŖncia, loucura e verdade, fama e solidĆ£o, violĆŖncia e feminismo permeiam a montagem, na qual histĆ³rias silenciadas sĆ£o resgatadas e confrontam o pĆŗblico com resquĆ­cios de um tempo nĆ£o muito distante.

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AlĆ©m das duas apresentaƧƵes, o coletivo teatral tambĆ©m realizou trĆŖs workshops, ministrados por integrantes da montagem, para os estudantes da Escola.

A parceria entre a SP Escola de Teatro e a ESAP jĆ” acontece hĆ” muitos anos e contou com diversos projetos de intercĆ¢mbio entre estudantes e professores, colĆ³quios e residĆŖncias artĆ­sticas. Em maio de 2022, o diretor executivo da instituiĆ§Ć£o brasileira, Ivam Cabral, assumiu o cargo de consultor da ComissĆ£o Externa Permanente de Aconselhamento CientĆ­fico (CEPAC), do Centro de Estudos Arnaldo AraĆŗjo (CEAA), parte da ESAP.

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