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Confira como foi a aula inaugural do 1º semestre letivo de 2023 da SP Escola de Teatro

Encontro com Isildinha Baptista Nogueira | Foto: Andre Stefano

No último sábado, 4, a SP Escola de Teatro deu início ao 1º semestre letivo de 2023 do curso Técnico. A programação começou no período matutino com a recepção aos estudantes ingressantes. Para celebrar a abertura do período, no período da tarde, eles se reuniram aos veteranos para assistirem ao encontro com a convidada especial, Isildinha Baptista Nogueira, que desde 2022 integra o Conselho de Administração da Adaap (Associação dos Artistas Amigos da Praça), gestora da instituição.

A cada semestre, um tema específico norteia os trabalhos desenvolvidos nas aulas e nos experimentos cênicos. Durante a aula inaugural, foi expresso o tema do material de estudo escolhido: “O direito de sonhar: qual o espaço para a utopia?”.

A atriz, palhaça e diretora Ana Luiza Bellacosta, conhecida como Madame Frôda, fez uma apresentação muito divertida e descontraída para os ingressantes pela manhã. Foto: AndreStefano

O curso técnico em teatro da SP oferece gratuitamente uma formação com duração de 2 anos nas oito linhas de estudo: Atuação, Cenografia e Figurino, Direção, Dramaturgia, Humor, Iluminação, Sonoplastia e Técnicas de Palco. Para dar boas-vindas, Ivam Cabral, diretor executivo da instituição, apresentou aos ingressantes os coordenadores de cada área:

“Essas pessoas que foram chegando, a maioria delas a gente não conhecia e eu acho isso muito bonito, porque não foi um projeto construído por amigos. Então o J.C. Serroni veio através do Espaço Cenográfico, o Raul Barreto e o Hugo Possolo pelos Parlapatões, o Guilherme Bonfanti pelo Teatro da Vertigem, a Marici Salomão pelo Dramáticas em Cena, o Raul Teixeira, naquela época, veio pelo Macunaíma, do Antunes Filho, e eu e o Rodolfo (García Vázquez)  pelo Satyros. E assim, a Escola começou a ser pensada. Talvez vocês se surpreendam com muitas coisas. Eu acho que é uma escola muito rica, sim”.

Ivam Cabral na abertura do semestre da SP Escola de Teatro. Foto: Andre Stefano

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Com uma abrangência em todas as áreas dos setores, a SP Escola de Teatro nos últimos 10 anos de existência alterou o paradigma profissional em nível nacional, onde recebe estudantes de todo território. Referenciando o geógrafo Milton Santos, o diretor executivo continuou sua fala reiterando o pioneirismo da instituição e a sua importância para a sociedade brasileira:

“O Milton Santos nos ensinou uma coisa muito bacana: um mundo que é possível e um mundo que tem que ser. E a gente aqui nunca trabalhou num mundo possível, a gente sempre trabalhou num mundo como o mundo deve ser. Nós somos o único centro de formação do país, por exemplo, que tem intercâmbios em que a gente manda nossos estudantes que vão ficar um tempo na Suíça, em Cabo Verde, na Bolívia, na Alemanha”.

J. C. Serroni, Taiara Guedes e Ivam Cabral. Foto: Andre Stefano

Desde o início de suas atividades, em 2010, a SP Escola de Teatro mantém relações com universidades, teatros e associações estrangeiras, em projetos que envolvem residências artísticas, pesquisa e intercâmbios de estudantes e docentes.

“Cada vez que a gente tem esse momento de recepção dos nossos estudantes é um momento de muita emoção para nós, não é raro a gente se emocionar, a gente chorar. Nos foi dado essa possibilidade. Então que a gente venha de coração aberto, que a gente procure trabalhar no mundo que tem que ser, não num mundo possível, porque um mundo possível é determinado por alguém e o mundo como tem que ser é um mundo onde as distâncias precisam ser diminuídas, onde as fronteiras devem ser quebradas. É nesse mundo que a SP Escola de Teatro acredita”, conclui Ivam Cabral.

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O evento contou com uma outra fala especial da Taiara Guedes, artista docente convidada na área de Sonoplastia. Ela, que fez sua formação na mesma área na SP Escola de Teatro, se identifica com a emoção dos ingressantes:

“Eu acho que a humanidade, a escuta e a troca possam levar as pessoas consigo e aprender com a história de vida das outras pessoas. Eu sempre faço questão de falar um pouco sobre a minha história também, porque eu sou filha de costureira, eu sou neta de ribeirinhos do Estado do Amazonas e sou bisneta de indígenas. Eu espero que, mais do que realmente técnicas criadas por seres humanos, a gente reaprenda a ser mais humanos, essa questão de ser humano, aquele que escuta, compartilha e doa. Eu acho que é essa a minha função aqui e é um grande prazer e uma honra estar com grandes profissionais”.

Tâmara David, Isildinha Baptista Nogueira e Anderson Claudir | Foto: Andre Stefano

Para finalizar a aula inaugural, o encontro com Isildinha contou com a mediação da coordenadora de Sonoplastia, Tâmara David, e do artista docente convidado de Direção, Anderson Claudir.

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