SP Escola de Teatro

Personagens de uma Escola Verde

Bicicletário, plantio de mudas e árvores, um cachorro e escambo de livros? Essas são algumas das personagens da história que transforma a SP Escola de Teatro – Centro e Formação das Artes do Palco em uma Escola Verde.

Em abril deste ano, a SP Escola de Teatro implantou um bicicletário na entrada principal do prédio com o intuito de contribuir não só para que os aprendizes melhorem sua qualidade de vida, como também, andando de bicicleta, cooperem para a sustentabilidade da cidade.

Esta iniciativa marcou o começo do projeto que pretende transformar a Instituição em uma Escola Verde. Consciente de seu papel perante à sociedade, a SP Escola de Teatro também se preocupa com o meio ambiente e, assim, suas contribuições são simples, mas significativas. Entre elas a descisão de, a partir da terça-feira (28/09), não utilizar mais copos plásticos descartáveis.

Segundo Ivam Cabral, diretor artístico da Escola, no princípio, a ideia era simplesmente criar um ambiente ecologicamente correto, assim, ações dessa natureza começaram a ser implantadas na Escola. Mas a questão ambiental tomou corpo, passou a ser discutida nos Cursos Regulares e surgiram outros inúmeros projetos que levam em consideração que ser “ecologicamente correto” também é estimular a cultura, a leitura, respeitar o próximo e suas escolhas e, sobretudo, contribuir para um mundo melhor e mais harmonioso.

 

“Durante uma conversa com Casemiro Tércio Carvalho, Coordenador de Planejamento Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, descobri, entre outras coisas, que meio ambiente não é árvore. Ou, melhor, não é só árvore. Meio ambiente é cidadania, é sexo, é gente, é cultura”, explica Cabral.

 

Outra iniciativa da Escola é o projeto “Plantar a Vida”, lançado em agosto, em parceria com a Subprefeitura da Mooca. Para dar início ao projeto, os aprendizes fizeram um mapeamento de 29 quadras na região do Brás, apontando locais para plantio de árvores, a fim de melhorar o paisagismo da região, tornando-a agradável e saudável.

 

Integrando o plantio à educação ambiental, “Plantar a Vida” também divulga os conceitos do desenvolvimento sustentável e melhora em muito a qualidade de vida quando inclui a participação da comunidade em todo o processo, desde o levantamento das condições locais até o plantio das mudas.

 

Soma-se ainda a essas ações, o projeto “Câmbio de Livros”, uma brincadeira que envolve aprendizes, coordenadores, formadores e funcionários da Escola em uma troca informal de livros usados, sem necessidade de registro bibliotecário. Para tanto, caixas de papelões foram espalhadas pelos corredores da Escola e servem de local para essa troca. Em cada caixa, uma ou várias surpresas aguardam o leitor, que pode encontrar desde material para uma pesquisa teórica até inspiração para um texto dramatúrgico.

Dentro desse contexto, o dia-a-dia na SP Escola de Teatro ganha ainda a presença carinhosa da mascote Cacilda, que convive com os aprendizes e funcionários desde o mês de maio. Cacilda foi encontrada na rua por funcionários da Escola com seis filhotes recém-nascidos. Com a orientação de um veterinário, os animais receberam o tratamento e cuidados necessários. Depois de amamentar os filhotes, que foram doados, a cachorra foi batizada por meio de uma votação no twitter e se tornou a mascote oficial da Instituição.

 

Cultivado pelos aprendizes no primeiro dia de aula, de longe dá para ver o canteiro com as pimentas e manjericões que florescem na entrada principal da Escola.

 

Outros procedimentos adotados como lei de trabalho na SP Escola de Teatro são a utilização do papel sulfite frente e verso, o aproveitamento de rascunhos e a impressão de dosumentos e imagens somente quando extremamente necessário.

 

As ideias são muitas e outras virão. Afinal, se as necessidades culturais e sociais se modificam com o tempo, as instituições de ensino devem acompanhar estas transformações e levar em conta seu propósito inicial: educar a caminho de um mundo melhor e mais sustentável.

 

Curiosidade:
Sabia que o plástico demora cerca de 200 a 450 anos para se decompor na natureza? Reflita: Se cada pessoa usa o copinho plástico uma vez e já o descarta, quantos copinhos mais essa mesma pessoa usará por dia? Multiplique esse número pela quantidade de aprendizes, funcionários e inúmeras visitantes da Escola e faça as contas.

Junte-se a nós em respeito à natureza.

 

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