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Paulina Chiziane, escritora moçambicana, vence a 33.ª edição do Prêmio Camões de Literatura

Paulina Chiziane/Foto: Divulgação

A escritora moçambicana Paulina Chiziane, de 66 anos, venceu a 33.ª edição do Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa do mundo. O anúncio aconteceu nesta quarta-feira, 20, pela Menção Internacional criada pelo Protocolo Adicional ao Acordo Cultural entre os governos português e brasileiro, representados, respectivamente, pela Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das bibliotecas/Secretaria de Estado da Cultura (Portugal), e pela Fundação Biblioteca Nacional/MinC (Brasil).

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O prêmio foi criado há 33 anos em uma parceria entre Brasil e Portugal e oferece 100 mil euros ao escritor campeão.

Paulina nasceu em uma vila moçambicana e quando jovem lutou na Frente de Libertação de Moçambique, que lutou nas décadas de 1960 e 1970 pela independência do país do domínio colonial português.

Seu livro mais famoso é Niketche: uma história de poligamia, mas outras obras de sucesso dela são Balada de Amor ao Vento e As Andorinhas. Sua narrativa apresenta a voz feminina como destaque, com os sonhos, desejos e dores que as mulheres têm ao longo da vida e de seu mundo.

Além disso, em seus romances ela destaca a diversidade cultural de Moçambique e critica os costumes retrógrados que até hoje existem nas sociedades patriarcais.

Entre os brasileiros que já conquistaram o prêmio, estão Chico Buarque (2019), Raduan Nassar (2016), Lygia Fagundes Telles (2005), Jorge Amado (1994), Rachel de Queiroz (1993), entre tantos outros.

 

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