SP Escola de Teatro

“O teatro é a casa que me acolhe, para onde sempre volto”, revela Laura Carone, nova docente de Cenografia e Figurino

Laura Carone/Divulgação

Laura Carone, nova docente de cenografia e figurino da SP Escola de Teatro, é uma artista experiente que trabalha com teatro desde 1999, quando se formou arquiteta. Desde então, atuou em outras áreas da cenografia, como no audiovisual (séries, publicidade, televisão), eventos e exposições e fez mestrado na FAU-USP. Mas, felizmente, sempre esteve em contato com o teatro, sua grande paixão “O teatro é a casa que me acolhe, para onde sempre volto. Em 20 anos de carreira, jamais deixei de lado o modo de pensar a espacialidade a partir da cenografia teatral”, afirma.

Em sua trajetória nas artes do palco, trabalhou muitas vezes como assistente de J.C Serroni, Coordenador de Cenografia e Figurino e de Técnicas de Palco da SP Escola de Teatro, e juntos realizaram diversos espetáculos, entre eles a ópera Carmen, de Bizet, dirigido por Carla Camuratti; O Evangelho segundo Jesus Cristo, de José Saramago, e Rei Lear, de Shakespeare, com Raul Cortez. Em 2021, a parceria se retoma, desta vez na educação.

“É no Brasil onde a minha alma vibra pelo teatro”, afirma o argentino Diego Pallardó, novo artista docente de Cenografia da SP

“Ser artista docente na SP Escola de Teatro é fazer parte de um ambiente vivo, pulsante e de muita troca no sentido humano. Como professora aqui, desejo despertar e orientar os estudantes ao encontro de caminhos de expressão no universo da Cenografia e Figurinos, tanto individual como coletivamente”, comenta a artista, empolgada com a oportunidade de poder trabalhar através das plataformas digitas, necessárias nesse momento de pandemia de covid-19.

“Me parece que a vantagem do ensino digital talvez seja uma maior atenção, por parte dos estudantes, aos próprios registros, como desenhos, cadernos de artista e outros elementos que fazem parte do início do processo do fazer cenográfico. Por outro lado, a necessidade de presença está à flor da pele devido ao isolamento, o que estimula todes a compartilhar ainda mais suas experiências coletivamente”, revela.

Fabiano Lodi, novo artista docente de Direção, revela expectativas para o semestre letivo

Em relação ao conteúdo e a didática do semestre, Laura explica que os estudantes aprendem muito através de suas próprias vivências, sendo estas o combustível para entendera dinâmica do trabalho do cenógrafo.

“Os estudantes podem esperar compreender a trajetória do trabalho do cenógrafo/figurinista a partir de suas próprias experiências. Um percurso que vai desde o olhar até o projeto cenográfico – passando por desenhos, maquetes e outras expressões possíveis e livres, que eles mesmos descobrirão. Acreditando que o teatro digital traz a possibilidade de expandir fronteiras entre linguagens, pretendo também trazer elementos do audiovisual, tanto conceituais como em termos de projeto cenográfico”, explica a professora.

Por Luiza Camargo

Sair da versão mobile