SP Escola de Teatro

O Mundo Imaginário de André

“Quando eu tinha três meses de idade, minha mãe me colocou para fazer o papel do menino Jesus na igreja do bairro”, conta o aprendiz de Direção André de Araújo. Mal sabia ele que sua vida no teatro estava apenas começando.
 

Quarenta quilômetros é a distância que o aprendiz percorre, todos os dias, vindo de Itapevi, cidade do interior de São Paulo, à SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. O motivo de não se mudar de vez para a capital? Seu filho de, apenas, sete anos, que mora em sua cidade natal.
 

Mais velho de cinco filhos, o aprendiz sempre se dedicou aos estudos, para ser um exemplo à família. Apesar de viver rodeado por muitas pessoas, gostava de brincar sozinho, desenhando e inventando brinquedos. Ele acredita que essas atitudes fizeram seu imaginário ser cada vez mais complexo e elaborado.
 

Em certo momento, sentiu necessidade de colocar um fim à história desse menino solitário e começou a fazer parte de diversos projetos da escola, entre eles a política estudantil. Nesta mesma fase, ingressou em uma oficina de teatro e, de lá para cá, sua vida esteve inteiramente ligada aos palcos.
 

Após uma década de estudos amadores, descobriu que Os Satyros, grupo que admirava muito, faria uma oficina dirigida por Rodolfo García Vázquez, coordenador do curso de Direção da SP Escola de Teatro. “Não pensei duas vezes e fui fazer. A oficina me contaminou de tal forma que decidi viver para o teatro.”
 

Assim que soube da presença de Vázquez na Escola, Araújo se inscreveu para o Processo Seletivo o mais rápido possível. “Sou um apaixonado pelas coisas e isso se aplica à Instituição, por ter atendido à risca a todas as minhas expectativas”, comenta o aprendiz, que vê a arte como algo difícil de fazer “bem feito”.
 

Araújo explica que o curso lhe permite não só estabelecer parcerias importantes e duradouras como, também, absorver conhecimentos valiosos transmitidos em cada aula. “Este encontro fenomenal com pessoas admiráveis que a Escola propicia, me faz ser um real aprendiz, pois fico de frente com mestres, como meu formador Brian Penido Ross, que me mostrou uma forma diferente de ver o teatro.”
 

Texto: Jéssika Lopes

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