Na última terça-feira, 6, aconteceu na sede Brás da SP Escola de Teatro o Evento Formativo com o tema “Letramento Racial”, uma iniciativa da Pedagogia da Escola em parceria com a Extensão Cultural.
A mesa do evento contou com: Isildinha Baptista Nogueira, conselheira da Adaap (gestora da Escola), mestre em Psicologia Social e doutora em Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano; Miguel Arcanjo Prado, coordenador de Extensão Cultural e Projetos Especiais da SP Escola de Teatro, jornalista e mestre em Artes; Monica Madureiro, bibliotecária responsável pela Biblioteca da Escola; e Tâmara David, coordenadora do curso de Sonoplastia da Escola.
Antes de começar a conversa, foi transmitido o trailer do filme “Se A Rua Beale Falasse” (2019), dirigido pelo ganhador do Oscar Barry Jenkins e baseado no livro homônimo de 1974, do escritor James Baldwin (1924-1987).
No início de sua fala, Isildinha defendeu que o evento é uma iniciativa da SP Escola de Teatro cujo objetivo é trilhar um caminho de construção sobre o assunto do racismo. A psicanalista também argumentou sobre a escolha de suas indicações:
“Escolhi o livro porque a rua fala. Fala do que é ser negro. Um romance que é uma denúncia, que demanda e aponta as justiças, muito mais do que uma simples história. O livro acontece em 1970 e a gente percebe que nada mudou. Escolhi o filme para a gente pensar sobre algo que permanece e não acabou, não só porque ele é bonito”.
A conversa também abordou os assuntos sobre o colorismo e a diferença entre lugar de fala e representatividade.
“Precisamos lutar pela desconstrução do racismo, o qual é uma falácia e precisa acabar. O racismo é perverso. Eu como psicanalista ajudo os doentes a tirar essa doença deles. Todos aqueles que têm consciência que o racismo é um erro têm que se unir, para desconstruir isso”, pondera Isildinha.
No final da discussão, Monica Madureiro indicou onze livros que compõem o acervo da Biblioteca da SP Escola de Teatro e que estão disponíveis para empréstimo. Acesse aqui para conferir a disponibilidade dos exemplares. Os títulos são:
>Carolina, de Sirlene Barbosa e João Pinheiro
>Por um feminismo afro-latino-americano, de Lélia González
>Água de barrela, de Eliana Alves Cruz
>Casa de Alvenaria – vol. 2, de Carolina Maria de Jesus
>Teatro e Escravidão no Brasil, de João Roberto Faria
>O Olho Mais Azul, de Toni Morrison
>Pedagogia das Encruzilhadas, de Luiz Rufino
>No seu pescoço, de Chimamanda Ngozi Adichie
>Hibisco roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie
>Se a Rua Beale falasse, de James Baldwin
>A cor do inconsciente, de Isildinha Baptista Nogueira
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