SP Escola de Teatro

Espetáculo Um Fascista no Divã, de Marcia Tiburi e Rubens Casara, estreia na próxima quinta-feira (2) na SP Escola de Teatro

Estreia na próxima quinta-feira, 2, na sede Roosevelt da SP Escola de Teatro, a peça Um Fascista no Divã, escrita pela filósofa Marcia Tiburi e pelo psicanalista Rubens Casara. A produção é dirigida por Andre Capuano e fica em cartaz até 25 de março, de quinta a sábado, sempre às 20h30. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados pelo Sympla.

A atriz Giovana Echeverria interpreta uma psicanalista que lida com os conflitos ao atender em seu consultório um político da extrema direita. Ela propõe um diálogo que exige autorreflexão e subjetividade; mas isso se mostra impossível, pois rapidamente é possível entender a personalidade autoritária do paciente.

“Eu sou um homem de ação. Posso não saber, mas faço. Ignoro, mas faço. Se as pessoas parassem de pensar tanto e trabalhassem, a economia cresceria. Para que pensar?”. Essa é a pergunta lançada pelo político ao chegar ao consultório da psicanalista, indicada por seu marqueteiro.

Marcia Tiburi e Giovana Echeverria apresentam proposições teatrais sobre a residência artística Um Fascista no Divã aos estudantes da SP Escola de Teatro

O texto reflete e questiona a ascensão do fascismo no Brasil e o público exerce um papel fundamental, já que o personagem do fascista será representado por um coro de não atores, formado por diferentes pessoas a cada sessão do espetáculo.

“Nós buscamos uma forma de mostrar a complexidade que nos atravessou quando passamos a imaginar a relação entre uma psicanalista, que não é fascista, e um paciente fascista. Tentamos lidar cenicamente com as questões suscitadas em nós pelo texto da Márcia Tiburi. Um fascista só não faz terror e sempre haverá uma máquina fascista operando, enquanto o capitalismo correr solto. Por isso criamos na peça um coro guiado remotamente para assumir o personagem do fascista. A Giovana, que faz a psicanalista, vai precisar lidar com o modo de esse coro agir com a circunstância de cada dia”, revela o diretor.

O cenário da peça inicialmente é um consultório, mas ele vai se modificando ao longo das cenas: se transforma em uma sala de jantar, em um programa de televisão ou em um acampamento. A ação se passa durante algumas sessões entre a psicanalista e o fascista e os diálogos levantam questões sobre autoritarismo, direitos humanos, religião, entre outras. A analista procura entender o mecanismo desse pensamento, sem conseguir criar um laço possível.

Ivam Cabral, Rodolfo García Vázquez e Marcio Aquiles publicam artigos em inglês sobre a SP Escola de Teatro no prestigiado The Theatre Times

Durante a peça existe uma contextualização histórica apresentada em vídeo, com imagens documentais e estudos sobre fascismo e antifascismo. A linguagem audiovisual vira uma ferramenta aliada e mostra o fascismo como um movimento antigo, estrategicamente elaborado a serviço de outros setores.

Na equipe técnica também está presente Wesley Souza da Silva, estudante egresso do curso de Cenografia e Figurino da SP Escola de Teatro, que é o assistente de direção de arte do espetáculo.

Serviço
Temporada de 02 a 25 de março de 2023
Quinta, sexta e sábado, às 20h30
SP Escola de Teatro – Sede Praça Roosevelt (Praça Roosevelt, 210)
Ingressos gratuito – retirada via Sympla
Lotação – 60 lugares
Classificação indicativa – 16 anos

Ficha Técnica
Texto: Marcia Tiburi e Rubens Casara | Idealização: Giovana Echeverria | Direção: André Capuano | Elenco: Giovana Echeverria | Direção de arte: Renato Bolelli | Iluminação & vídeo: Daniel Gonzales | Sonoplastia: Miguel Caldas | Operador de luz: Daniel Gonzales | Corifeu: Benedito Canafístula | Cenotécnico: Bibi de Bibi | Assistente de iluminação: Felipe Mendes | Assistente de direção de arte: Wesley Souza da Silva | Design: Veni Barbosa | Foto divulgação: Flora Negri | Foto/filmagem: Cabaça Produções | Assessoria de imprensa: Canal Aberto | Produção: Corpo Rastreado | Gabs Ambròzia.

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