Vania Almeida, aprendiz de Técnicas de Palco (Foto: Andre Stefano)
No segundo semestre de 2011, um dos grupos de aprendizes da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, do Módulo Vermelho, reuniu-se para trabalhar em seu experimento. Uma particularidade, porém, é que o grupo não contemplava atores.
Formado por Arthur Moreau, do curso de Direção; Geraldo Alves e José Ricardo Reis, de Dramaturgia; Charly Ho e Otávio Dias, de Iluminação; Camila Borges de Oliveira, Bruno Boaro e Samuel Gambini, de Sonoplastia; Letícia de Almeida Ferreira, de Técnicas de Palco, e Cristiane Amorim, de Cenografia e Figurino, o grupo precisou encontrar uma alternativa que suprisse a necessidade de atuações.
A solução para o impasse ficou nas mãos dos futuros dramaturgos: “Partimos da ideia de trabalho x trabalho artístico: quais são as principais diferenças entre eles? Para simbolizar o assunto, a apresentação foi feita por meio de diversas imagens, áudios e um total de oito vídeos”, diz Geraldo Alves.
Na sinopse, o tema central transitava entre o trabalhador da arte e a lógica de mercado. Na esteira da produção, o artista não responderia à urgência do capital, não produziria riqueza, tornando-se supérfluo e dispensável. O nome do projeto (“Sem Mensagem, Sem Massagem, Tá Crítica”) dá ainda mais pistas sobre seu propósito. “Embora estivéssemos comparando os trabalhos comerciais e os artísticos, nosso intuito era, apenas, levantar questionamentos, e não passar um discurso moralista ou alguma mensagem. Por isso o chamamos de ‘Sem Mensagem, Sem Massagem, Tá Crítica’”, completa Alves.
Para ler a matéria, feita à época da investigação cênica deste grupo do Módulo Vermelho, clique aqui.
Texto: Gabriel Gilio