(Foto: André Stefano)
As três últimas noites de segunda-feira foram mágicas na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Isso porque Maria Alice Vergueiro e seu Grupo Pândega de Teatro fizeram uma curtíssima temporada do espetáculo “As três velhas” na Sede Roosevelt da Instituição.
As apresentações, feitas nos dias 2, 9 e 16 de junho, às 21h, foram parte da residência artística de Maria Alice na Escola. Com direção da artista conhecida como a “dama do underground”, que também integra o elenco, ao lado de Luciano Chirolli e Danilo Grangheia, na montagem da peça do chileno Alejandro Jodorowsky, que já passou por Rio de Janeiro, Brasília, Londrina (FILO), Florianópolis, Fortaleza, Recife, entre várias outras cidades do Brasil, além de ter participado de festivais em Cuba.
Definida pelo próprio autor como um “melodrama grotesco” que mescla riso e tragédia, a peça mostra duas marquesas decadentes, octogenárias, Melissa (Luciano Chirolli) e Graça (Danilo Grangheia), que vivem em uma mansão em ruínas, devastadas pela fome e pelo abandono, sempre vigiadas pela centenária criada Garga (Maria Alice Vergueiro).
Como numa fábula, uma única noite de assombrosas revelações familiares transformará para sempre a história dessas estranhas figuras. A trama da peça provoca o encontro entre os históricos de Maria Alice Vergueiro e Jodorowsky, ambos da mesma geração e com atuações no teatro de vanguarda.
A ligação com o artista chileno vai além: uma das principais inspirações para a atual montagem foi o cult “Santa Sangre”, um dos filmes mais recentes e prestigiados de Jodorowsky.
O Grupo Pândega de Teatro foi o primeiro grupo do mundo a encenar “As três velhas”. “Até hoje só a Bélgica fez uma montagem desse texto, utilizando marionetes. O que estamos realizando é inédito mundialmente”, diz Maria Alice Vergueiro.
A Click! de hoje homenageia a passagem dessa montagem especial pela Escola. Na foto, clicada por André Stefano, aparecem em primeiro plano Luciano Chirolli e Danilo Grangheia, com Maria Alice Vergueiro observando ao fundo.
Texto: Felipe Del