O que dizer após acompanhar um dia inteiro de investigações cênicas? Para esse encontro, que encerrou o Território Cultural do último sábado (7), no qual os oito núcleos do Módulo Verde da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco abriram suas salas de trabalho pela última vez, foram convidadas a atriz, diretora e dramaturga Lucienne Guedes e a diretora e pesquisadora Johana Albuquerque.
Johana Albuquerque, Francisco Medeiros e Lucienne Guedes (Foto: André Stefano)
As artistas participaram da mesa de discussão e deixaram suas impressões e provocações sobre os Experimentos vistos. Depois de serem apresentadas por Francisco Medeiros, coordenador do curso de Atuação da Instituição, a primeira a falar foi Johana. “Este é um lugar inspirador. A SP Escola de Teatro tem sorte de estar abrigada aqui. Este espaço, de alguma forma, respira teatro”, comentou.
O tempo das ações, a dimensão dramática do realismo, além do teatro colaborativo, também foram aspectos lembrados pela convidada, que ainda aconselhou os aprendizes a construir personagens e elementos ambíguos, com “sutilezas” que vão além do objetivo principal deles.
Lucienne, por sua vez, aproveitou a experiência prévia com a Escola – ela foi artista residente de Atuação no último semestre – para falar sobre as questões que poderiam “unir ou separar os trabalhos”, além de provocar os aprendizes: “Que perguntas vocês levaram para a pesquisa de campo no Brás?”.
No decorrer da conversa, temas como esferas de confronto, o posicionamento do grupo diante do problema e a “pesquisa humana”, realizada por Luís Alberto de Abreu em “Bella Ciao”, foram lembrados. “Vi muita coisa boa. Foi um prazer enorme. Aprendam com os erros, mais ainda do que com os acertos. Vocês estão de parabéns”, disse Johana, ao final do encontro.
“Fico bastante feliz com o que vocês fizeram. Acho que vai render boas oportunidades para o próximo Módulo (Amarelo)”, finalizou Lucienne, que também escreveu quatro textos para o portal da Escola, contando sobre o que viu no Experimento. Clique aqui para ler.
Texto: Felipe Del