Premiação de cultura idealizada por Miguel Arcanjo Prado fez 5ª edição no Teatro Sérgio Cardoso em São Paulo
O Prêmio Arcanjo 2023 celebrou os melhores na cultura em 2023 na noite desta segunda, 13 de novembro, em cerimônia de gala no Teatro Sérgio Cardoso, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. A festa artística foi comandada por seu idealizador e diretor, o jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado, que comemora 20 anos de jornalismo cultural. “Tenho certeza de que cada um que está aqui hoje já cruzou o meu caminho nesta cobertura diária da nossa cultura”, disse, emocionado. A emoção tomou conta com o grande homenageado da noite, Zé Celso e seu Teatro Oficina, ao som de Roda Viva cantada à capela por todos. Em sua quinta edição anual, a cerimônia revelou os vencedores em oito diferentes categorias, Artes Visuais, Cinema, Dança, Internacional, Música, Redes, Streaming TV e Teatro; além de 14 homenageados na categoria Especial, com artistas e instituições que se destacaram no ano. Ao todo, foram 22 vencedores na noite. O Júri do Prêmio Arcanjo de Cultura é formado por Adriana de Barros, Bob Sousa, Hubert Alquéres, Miguel Arcanjo Prado e Zirlene Lemos, que se destacam por ter um olhar plural, diverso e democrático para a cena artística. No time de apresentadores estiveram os atores Leonardo Miggiorin, Eduardo Pelizzari, Marjorie Gerardi, Mateus Ribeiro, Letícia Soares, Tiago Barbosa, Thaís Dias, Bruno Motta, Ikaro Kadoshi, Zuba Janaina, Bruno Narchi, Divina Nubia e Marcia Dailyn. Repleta de discursos comoventes, a cerimônia teve direção geral de Miguel Arcanjo Prado, direção artística de Bruno Narchi, com produção executiva de Rodrigo Barros e produção de David Godoi e Solange Correia. Conheça os 22 vencedores do Prêmio Arcanjo 2023.
PRÊMIO ARCANJO DE CULTURA
VENCEDORES 2023
5ª EDIÇÃO
ARTES VISUAIS
Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro – Sesc, Sesc São Paulo – Sesc Belenzinho
Pela histórica exposição dedicada a artistas negros brasileiros e cultura afrobrasileira.
CINEMA
Meu Nome É Gal, de Dandara Ferreira e Lô Politi
Por narrar a estrela incontestável do tropicalismo e liberdade em tempos de ditadura.
DANÇA
Último Ato, de Thiago Soares
Pela prestigiosa turnê do bailarino brasileiro consagrado no mundo.
INTERNACIONAL
Centro Cultural Afrika
Por dar voz a artistas africanos que contribuem para uma São Paulo cosmopolita sob direção de Yannick Delass.
MÚSICA
Filipe Catto – Belezas São Coisas Acesas Por Dentro
Pela delicada homenagem a Gal Costa em conexão com as novas gerações.
REDES
Marcos Machado
Por construir com inteligência um humor que reflete o brasileiro negro e periférico.
STREAMING TV
Metrópolis – TV Cultura
Pelos 35 anos do imprescindível e longevo programa cultural da TV brasileira.
TEATRO
Alguma Coisa Podre
Pelo musical impecável e de elenco potente sob direção de Gustavo Barchilon, produção de Renata Borges e Thiago Hofman.
ESPECIAL
Zé Celso e Teatro Oficina
Pela grandeza histórica do maior gênio do teatro brasileiro e sua companhia com 65 anos de trajetória.
ADAAP – Associação dos Artistas Amigos da Praça e SP Escola de Teatro
Pelo livro Teatro de Grupo em Tempos de Ressignificação, org. Alexandre Mate, Elen Londero, Ivam Cabral e Marcio Aquiles.
APAA – Associação Paulista dos Artistas Amigos da Arte
Pela inestimável contribuição à cultura com Glaucio Lima, na direção, e Luis Sobral, na presidência do Conselho.
Aline Torres
Pela constante descentralização da cultura na cidade de São Paulo, com valorização da arte das periferias.
Bruno Motta
Por ser força motriz do humor stand up no Brasil, incentivador de novos talentos e criador da Gongada Drag
Guta Nascimento
Pela trajetória inspiradora no jornalismo como exímia migrante digital que se destaca na web.3, o que faz dela um bastião para novas gerações.
Ikaro Kadoshi
Pelo destaque como comunicadora, apresentadora do Caravana das Drags e criação do Drag Brunch Brasil.
Letícia Soares
Por fazer história como Elsa negra no musical Frozen e brilhar no musical Iron – O Homem da Máscara de Ferro e em sua carreira solo como cantora de inigualável voz.
Marilia Marton
Pelo estímulo de ações no Estado de São Paulo que promovam o desenvolvimento da economia e indústria criativas (representada por Marcelo Henrique de Assis).
Maíra Baldaia
Pela potente trajetória de homenagem às mulheres e ancestralidade negra condensada no álbum afro pop Obí.
Marllos Silva
Pelas 10 edições do Prêmio Bibi Ferreira e o livro Teatro Musical em São Paulo 2000-2020, que fortalecem as artes cênicas.
Núcleo Iêê – Num Corre, de Rafael Oliveira
Pela potência que une capoeira, dança, música e poesia na construção cênica.
Tellé Cardim
Pela histórica contribuição ao jornalismo cultural desde os tempos dos Festivais da Record nos anos 1960 e dedicação estimulante à qualidade da profissão.
Tiago Barbosa
Pelo retorno triunfal ao Teatro Brasileiro após fazer história internacional nos palcos da Espanha e brilho nas peças Clube da Esquina, Wicked, Iron – O Homem da Máscara de Ferro e The Boys in the Band.
Conheça o júri do Prêmio Arcanjo de Cultura
Adriana de Barros
Adriana de Barros é jornalista e apresentadora do programa Mistura Cultural nas mídias digitais da TV Cultura e da Rádio Cultura Brasil, editora do portal da TV Cultura, jurada de música da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte de São Paulo), jurada de música do Prêmio Arcanjo de Cultura e Prêmio Multishow. foi curadora do edital da Natura Musical e foi eleita uma das cinco melhores jornalistas musicais do Brasil pelo WME Awards by Music2.
Bob Sousa
Bob Sousa é fotógrafo com umdos maiores acervos do teatro brasileiro contemporâneo. Graduado em Publicidade e Propaganda, é mestre em Artes pela UNESP, na qual é doutorando em Artes. É crítico e jurado do Prêmio APCA e do Prêmio Arcanjo de Cultura. Nos últimos 20 anos, fotografou mais de 300 espetáculos teatrais e festivais de teatro, dentre os quais o Festival MIRADA/SESC nas edições 2016/2018 e 2022 e a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, MITsp. É responsável pelo registro dos figurinos da obra do Grupo Macunaíma, de Antunes Filho, para a Coleções e Acervos Históricos do CPT_ Sesc. Colabora com a Cena Contemporânea, da Revista CULT, com a coluna “O Retrato do Bob”, no Blog do jornalista Miguel Arcanjo Prado e mantêm a Coluna “Imagética”, com textos críticos e fotografia de cena no site da SP Escola de Teatro, desde 2014.
Hubert Alquéres
Hubert Alquéres foi secretário de Educação na gestão do governador Rodrigo Garcia (2022) e é presidente do Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo. É curador do Prêmio Jabuti, membro da Academia Paulista de Educação e vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro. Foi secretário adjunto da Secretaria de Estado da Educação durante o governo Mario Covas (1995-2002). Foi professor no Colégio Bandeirantes, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e na Escola de Engenharia Mauá. Presidiu a Imprensa Oficial do Estado. É jurado do Prêmio Arcanjo de Cultura e do Prêmio Sesc Melhores Filmes.
Miguel Arcanjo Prado
Miguel Arcanjo é jornalista; CEO do Blog do Arcanjo, desde 2012, e do Prêmio Arcanjo, desde 2019. Mestre em Artes pela UNESP, pós-graduado em Cultura pela ECA-USP, bacharel em Comunicação pela UFMG e crítico da APCA, da qual foi vice-presidente. Coordena a Extensão Cultural da SP Escola de Teatro e faz o Arcanjo Pod. Está entre os melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por Globo, Record, Folha, Abril, UOL, HuffPost, Band, CBN e Gazeta. Integra os júris do Prêmio Arcanjo, APCA, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Prêmio DID, Prêmio do Humor, Guia da Folha, Prêmio Canal Brasil, Prêmio Jabuti e Prêmio Parada SP. Ganhou os prêmios Nelson Rodrigues, ANCEC, Inspiração do Amanhã, África Brasil, Leda Maria Martins e medalha Mário de Andrade do Governo do Estado de São Paulo.
Zirlene Lemos
Zirlene Lemos é graduada em Jornalismo e Relações Públicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Especialista em Gestão Estratégica da Informação (UFMG), Especialista em Docência Jurídica (Instituto Ânima) e Graduanda em Direito (UFMG). Realizou grandes coberturas como Festival de Inverno da UFMG em Diamantina, Mostra de Cinema de Tiradentes, Encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual e Carnaval UOL. Foi crooner do grupo de jazz Geraes Big Bang, do espetáculo Revertério e do grupo Rosa dos Ventos, com participações no Festival de Arte Negra (FAN-BH) e Festival Internacional de Teatro (FIT-BH). Integrou a Comunicação da UFMG e da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. É jurada do Prêmio Arcanjo de Cultura.
PRÊMIO ARCANJO 2023
Ficha Técnica
Idealização e direção geral: Miguel Arcanjo Prado
Júri: Adriana de Barros, Bob Sousa, Hubert Alquéres, Miguel Arcanjo Prado e Zirlene Lemos
Apoio: APAA (Associação Paulista dos Amigos da Arte) e Teatro Sérgio Cardoso
Apoio institucional: Adaap (Associação dos Artistas Amigos da Praça), SP Escola de Teatro, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo
Realização: Blog do Arcanjo
Produção executiva: Rodrigo Barros
Produção: David Godoi e Solange Correia
Assistentes de produção: Beatriz Leandro e Sabrina Sales
Direção artística da cerimônia: Bruno Narchi
Design de luz: Vini Hideki
Som: Bruno Vannucci e Appolonia Carraro
DJ e sonoplastia da cerimônia: Juan Manuel Tellategui
Roteiro: Miguel Arcanjo Prado
Troféu Arcanjo e identidade visual: Henrique Mello
Design e redes: David Godoi
Fotografia: Bruno Poletti, Edson Lopes Jr. e Rafa Marques
Vídeo: Geraldo Arcanjo e Artur Medina
Assessoria & PR Prêmio Arcanjo: Lima Comunicação e Michele Marreira (Assistente)
Assessoria Teatro Sérgio Cardoso: Pevi 56 – Angelina Colicchio e Diogo Locci
Redes sociais: @premioarcanjo @miguel.arcanjo #premioarcanjo
Agradecimentos especiais: Ivam Cabral, Elen Londero, Gustavo Ferreira, Marcio Gallacci e Dyra Oliveira
Sobre o Prêmio Arcanjo e Miguel Arcanjo Prado
O Prêmio Arcanjo é uma premiação anual concedida aos melhores do ano na cultura que existe desde 2019, sob idealização e direção de Miguel Arcanjo Prado, um dos mais respeitados jornalistas culturais do Brasil, criador do Blog do Arcanjo (blogdoarcanjo.com). Com 20 anos de carreira e passagens pelos principais veículos, como Globo, Record, Folha, Abril, Band, UOL e Gazeta, Arcanjo é conhecido por realizar uma cobertura cultural diversa e democrática em prol da valorização dos artistas no Brasil. É também Coordenador de Extensão Cultural e Projetos Especiais da SP Escola de Teatro, maior centro de formação das artes do palco da América Latina, instituição ligada à Secretaria da Cultura, Indústria e Economia Criativas do Estado de São Paulo sob direção executiva de Ivam Cabral.
Sobre o Teatro Sérgio Cardoso
Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança e peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde. Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar 827 pessoas na sala Nydia Licia, 149 na sala Paschoal Carlos Magno, além de apresentações e aulas de dança no hall do teatro.
Sobre a Amigos da Arte
A Associação Paulista dos Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão de chamadas públicas, do Teatro Sérgio Cardoso, e do Teatro de Araras, além do O Mundo do Circo SP, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 19 anos de atuação, a Organização desenvolveu cerca de 70 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.
Sobre a SP Escola de Teatro e a ADAAP
Inaugurada em 2010, a SP Escola de Teatro é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela Associação dos Artistas Amigos da Praça (ADAAP). A ADAAP é uma Organização Social e exemplo do modelo de gestão de Políticas Públicas que vem sendo implantado pelo governo do Estado desde 2004, com base na Lei Complementar n° 846/98 e no Decreto Estadual nº 43.493/98. Através da publicização, ou gestão pública não estatal, serviços e atividades públicas são geridos por meio de parcerias entre o Estado e o terceiro setor. A associação nasceu do encontro de integrantes de alguns dos mais importantes grupos e coletivos teatrais da cidade de São Paulo, como Satyros, Teatro da Vertigem, Grupo Macunaíma e CPT, Parlapatões, Dramáticas em Cena e Espaço Cenográfico, com a finalidade de pensar uma nova perspectiva de formação em artes e desenvolver e administrar projetos socioeducacionais, culturais e institucionais, valorizando a arte, a educação e economia criativa no estado de São Paulo. Destacam-se dois aspectos relevantes da ADAAP. Primeiro, a capacidade de atendimento à população, oferecendo nível de excelência no ensino de arte, com números expressivos de suas realizações. Segundo, seu sistema pedagógico, amplificado para além do campo artístico, que se tornou referência nacional e internacional. Nessa década e meia, a sua interação com vários setores, da cultura e do campo social, levou que seus projetos, em especial a SP Escola de Teatro, interagissem com algumas das principais e mais renomadas universidades do país e do exterior, como Guildhall School of Music & Drama, Stockholm University of the Arts, University of the Arts Helsinki, Zurich University of the Arts, USP e Unicamp. O direcionamento e acompanhamento essencial das Organizações Sociais de Cultura, feita pelo Conselho Administrativo, contou e conta com as figuras mais representativas do setor cultural, tais como Isildinha Baptista Nogueira, Leandro Knopfholz, Danilo Santos de Miranda, Elen Londero, Eunice Prudente, Helena Ignez, Hubert Alquéres, Maria Bonomi, Patrícia Pillar, Wagner Brunini, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, Rachel Rocha e Lauro César Muniz (conselheiro benemérito). Desde sua inauguração, a ADAAP coleciona inúmeros prêmios, tanto por seu modelo pedagógico e administrativo, como por seus diversos projetos inovadores e iniciativas de formação e capacitação que são referência no Brasil e no exterior. Entre eles, destacam-se o Bizz Awards 2023, da Confederação Mundial de Negócios “WorldCob”, o European Award for Best Practices 2022, o Prêmio Especial APCA (2021), o prêmio internacional Top–100 Achievements–2020, na categoria Ciência e Educação, e o Prêmio Shell de São Paulo, na categoria Inovação (2017).