A sede Roosevelt da SP Escola de Teatro recebe três novas peças a partir deste fim de semana. O monólogo “Gostôsa”, com a atriz Maria Cecília Mansur, fica em cartaz aos sábados, às 21h; domingos, às 20h; e segundas, às 21h; com ingressos por R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).
Já o ator, diretor e dramaturgo Vinícius Piedade traz duas montagens: “Irmãos”, com sessões aos sábados, às 21h; e domingos, às 20h; e “Pais e Filhos”, em cartaz às segundas, às 21h. As duas peças têm ingressos por R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada).
“Gostôsa – Uma Experiência no Erótico Feminino”
“Gostôsa”. Foto: Divulgação.
O que é uma mulher gostosa? A pergunta – que envolve questionamentos sobre padrão de beleza, sexualidade, erotismo e outros temas ainda considerados tabus – é o ponto de partida de “Gostôsa – Uma Experiência no Erótico Feminino”, que estreia neste sábado (5), às 21h, na sede Roosevelt da SP Escola de Teatro. A peça fica em cartaz até 28 de agosto, com sessões aos sábados, às 21h; domingos, às 20h; e segundas, às 21h. Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).
Com a pergunta inicial em mente, a atriz Maria Cecília Mansur foi até os contos reunidos em “Monólogo”, da escritora Simone de Beauvoir, e se debruçou sobre assuntos como a idealização da mulher e papeis sociais de gênero. O resultado de três anos de pesquisa é “Gostôsa”, projeto transmídia que, além de um espetáculo, conta também com redes sociais e um blog que reúne notícias, poesias, contos eróticos, fotografias e histórias.
No palco, Maria Cecília busca desconstruir conceitos estéticos e sociais sobre o universo da mulher. Ela toca em questões como idealização, padrões de beleza, amor e submissão. A experiência da mulher com o próprio corpo é um dos nortes da peça, que ainda levanta temas como sexualidade e o prazer feminino.
A peça tem direção de Marcelo do Vale (de “Cachorro Enterrado Vivo”), que agiu mais com um provocador, parceiro de Maria Cecília durante o processo criativo.
Lasanha de Berinjela: “Irmãos” e “Pais e Filhos”
“Pais e Filhos”. Foto: Tati Wexler/Divulgação.
O ator, diretor e dramaturgo Vinícius Piedade entra em cartaz com o projeto Lasanha de Berinjela, formado pelas peças “Irmãos” – que estreia no sábado (5), às 21h – e “Pais e Filhos”, cuja temporada começa na segunda (7), também às 21h.
“Irmãos” tem sessões até 17 de setembro, sempre aos sábados, às 21h; e domingos, às 20h. Já as apresentações de “Pais e Filhos” acontecem somente às segundas, às 21h, até 25 de setembro. Ambos os espetáculos têm ingressos por R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada).
A primeira peça a estrear é, na verdade, a segunda do projeto. “Irmãos (ou Lasanha de Berinjela 2)” olha para os conflitos entre sonho e realidade, independência e instabilidade financeira, ao retratar um irmão e uma irmã que perderam os pais ainda jovens.
Hoje, ele é um escritor falido que depende financeiramente da irmã, representada da pior maneira possível no novo livro dele. Enquanto os personagens assam uma lasanha de berinjela, prato preferido do caçula, Vinícius Piedade – que, além de dirigir e atuar na peça, também a escreveu – mergulha na relação paradoxal dos dois, prestes a ebulir com ressentimentos e verdades vindo à tona.
A segunda peça é “Pais e Filhos (ou Lasanha de Berinjela 1)”, que coloca no palco a relação entre um pai advogado e seu filho artista plástico para levantar questões sobre as cobranças e expectativas dos pais para com seus filhos. O elenco é formado por Evas Carretero e Roberto Borenstein.
Em comum, as duas peças têm o jogo entre passado e presente e a tensão criada pelos atores que, ao mesmo tempo em que interpretam seus personagens, assumem uma linguagem confessional, misturando ficção e realidade.