O Estação Satyros, sala da Cia. de Teatro Os Satyros que funcionou por 15 anos na praça Franklin Roosevelt, 134, no centro paulistano, acaba de fechar as portas.
O anúncio foi feito pelos fundadores do grupo de 31 anos, Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, nas redes sociais. Eles alegaram não ter mais condições de arcar com o alto custo do aluguel do espaço. Os dois contaram que levantavam renda para manter o lugar com a bilheteria dos espetáculos e com as oficinas teatrais dadas por atores da companhia. Por conta da quarentena, ambas as atividades deixaram de ser possíveis.
Artistas de São Paulo e de outros estados do Brasil lamentaram os fechamento da sala, importante espaço marcado por um teatro libertário e contestador. Nas redes sociais, atores do Satyros publicaram vídeos e fotos lembrando peças e episódios vividos na sala. O grupo agora passa a ter apenas uma sala, o Espaço dos Satyros Um, na mesma praça Roosevelt, 214.
Uma das peças mais marcantes encenadas no Estação Satyros foi “Os 120 Dias de Sodoma”, versão de Rodolfo García Vázquez para a polêmica obra de Marquês de Sade. O espetáculo foi sucesso de público no espaço por mais de uma década, sempre com sala lotada.
CULTURA EM CASA
Assim como outros equipamentos, a SP Escola de Teatro criou uma programação especial na internet para oferecer ao seus seguidores. Assim, está disponível uma série de conteúdos multimídia, como vídeos de espetáculos e de palestras e bate-papos de nomes como as atrizes Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg e Denise Fraga, a monja Coen, a escritora Adélia Prado e o pastor Henrique Vieira, além de cursos gratuitos a distância.
O acervo ainda inclui filmes produzidos pela Escola Livre de Audiovisual (ELA) – iniciativa da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), gestora da SP Escola de Teatro – em parceria com instituições internacionais, com a Universidade das Artes de Estocolmo (Suécia).