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A Escola / HISTóRIA

Inaugurada na cidade de São Paulo, em 2010, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco propõe novos desafios para o ensino das Artes Cênicas no Brasil. Com um modelo pedagógico ousado, o espaço toma como prismas da formação as sensibilidades e as potencialidades artísticas, humanas, críticas e cidadãs.

O projeto de criação da Escola foi desenvolvido de 2005 a 2009 e se orienta a partir de três pilares: curso técnico, cursos de extensão e o Programa Kairós (atual Programa Oportunidades). Três eixos que alicerçam o funcionamento sistêmico dos setores da Instituição, contemplando diferentes ações artístico-pedagógicas.

O aumento da produção teatral e a consequente demanda de mão de obra foram alguns dos impulsos que levaram ao surgimento da Escola, atenta à necessidade de iniciativas que democratizem o acesso da população à formação artística.

Motivada por seu objetivo simples e direto – “artistas que formam artistas”, define o slogan – a Escola articula propostas como, no plano social, a interface com estudantes contemplados com bolsas-auxílio, atitude que democratiza o acesso ao universo teatral para diferentes camadas da população; e, no sistema pedagógico, a exploração conjunta do terreno do conhecimento por docentes e estudantes.

Amigos da Praça

A ideia de organização da SP Escola de Teatro tomou forma em reuniões de profissionais vinculados a grupos e espaços culturais da região central de São Paulo, principalmente da Praça Franklin Roosevelt – espaço revitalizado nos anos 2000, e que hoje funciona como uma espécie de epicentro da produção artística paulistana.

Os grupos que ali se fixaram recontextualizaram a geografia da região. Desde a revitalização da praça, esses coletivos ocupam salas alternativas e firmam parcerias com alguns moradores e comerciantes dos arredores, contribuindo, decisivamente, para transformar as relações interpessoais num local até então tensionado pela violência urbana.

A Roosevelt é, atualmente, um símbolo de congregamento da arte da capital paulista. No seu entorno estão teatros, bares e restaurantes em sintonia com a cena cultural local. Alguns dos artistas que participam desse espírito agregador são os que decidiriam assumir o compromisso de dirigir a SP Escola de Teatro, Instituição gerida pela Associação dos Artistas Amigos da Praça (ADAAP) e mantida com verba da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

Estrutura

Ao ser aberta, em 2010, a SP Escola de Teatro teve como sua primeira unidade um prédio histórico no bairro do Brás, centro expandido da cidade. Erguido em 1913 e tombado como patrimônio histórico, o edifício já abrigou a Escola Normal do Brás, onde estudaram nomes como a escritora Pagu e a apresentadora Hebe Camargo.

Durante 2014 e 2015, a unidade passou por uma restauração e reabriu em fevereiro de 2017. No período em que esteve em reforma, as atividades da Escola foram realocadas a uma unidade provisória na rua Marquês de Itu, no Centro.

Com a reabertura do prédio do Brás, a Escola passou a contar no local com as atividades pedagógicas e administrativas, os ateliês de Cenografia e Figurino e de Técnicas de Palco, a estrutura circense, a biblioteca, o acervo Antônio Abujamra e um auditório de 157 lugares.

A segunda unidade da SP Escola de Teatro foi aberta em 2012, na Roosevelt. Em um dos principais pontos turísticos da capital paulista, a Praça Roosevelt, reconhecida pela cena teatral, o prédio recebe atividades pedagógicas e residências artísticas. Ele também possui quatro salas multiuso para apresentações da própria instituição e de grupos convidados, um estúdio de som e espaço para outros eventos culturais.