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Mostra discute práticas e processos das dramaturgias contemporâneas

Publicado em: 25/09/2019 |

As práticas e os processos ligados às dramaturgias contemporâneas são temas de uma mostra que acontece de 1º a 3 de outubro na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, ligada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado. O evento, com entrada gratuita, reúne debates e performances, que acontecem na unidade Roosevelt da instituição.

Toda a programação da mostra está atrelada ao livro “Dramaturgias do Real” (Impressões de Minas Editora, 2019), que será lançado durante o evento. Serão três encontros de performance seguidos de três mesas de discussão.

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Capa do livro “Dramaturgias do Real”. Foto: Reprodução.

Os encontros serão mediados pela pesquisadora Monica Toledo, organizadora do livro e coordenadora do evento, e propõem diálogos e provocações entre as performances, as mesas e os temas da publicação. “Procuramos criar um programa diverso e potente que apresenta investigações e práticas de dramaturgia contemporâneas, e que agrega o público geral, alunos, artistas e pesquisadores”, explica Toledo.

O livro “Dramaturgias do Real” é escrito por 12 autores e dividido em quatro eixos: Imagem Cênica, Políticas da Presença, Territórios do Real e O Corpo Desviante – que discorrem sobre práticas e pesquisas atuais da dramaturgia em relação a novas formas de realidade, nos campos do teatro, cinema, pintura, performance, tecnologia, fantasmagoria e filosofia. O livro inaugura o selo Bloop, que abrange a pesquisa experimental à produção e curadoria de obras uma rede de parceiros internacionais.

O livro estará à venda na recepção da SP Escola de Teatro durante a semana do evento (de 30 de setembro a 4 de outubro, e, em seguida, em pontos de venda como as livrarias Tapera Taperá, Travessa IMS, Masp e no site da editora, www.impressoesdeminas.com.br).

Programação

TERÇA-FEIRA, 1º/10 – Teatro

19h
[apresentação] O Despertar dos Caracóis Logo Após as Tempestades Artificiais.
O Coletivo Caracóis apresentam um grande evento no porão do Museu Nacional, onde personalidades poderosas esperam ansiosas a revelação de uma misteriosa obra. Nessa sociedade distópica o novo rege o aparente envelhecer dos corpos, até que a História é esquecida e tudo se perde no tempo.
Ficha técnica:
Direção: Adolfo Barreto, Náshara Silveira e Sol Faganello | Dramaturgia: Antônio Salviano e Carina Murias | Elenco: Carol Moreno, Fernanda Heitzmann, Júlia Biaggioli, Léo de Sá, Yasmim Óli e Marcos Fonseca | Iluminação: Mutton Andre, Vinicius Benhami e Aline Rodrigues | Sonoplastia: Fabio V Freund, Gabriel Nobre Candido, Maria Carolina Ito e Leonardo C. Manffré | Cenário e Figurino: Carolina Dabdoub e Italo Iago | Técnicas de palco: Caroline Batista, Sara Cavalcanti e Octávio Teixeira | Fotografia: Italo Iago | Vídeo e Teaser: Sol Faganello | Produção: Coletivo Caracóis

21h
[debate] O teatro documentário, tecnológico e social: intensidades do real e estudos cenográficos.

Com Cândida Almeida, Marcelo Soler e Gustavo Sol
O documentário como representação, poética e realismo teatral. Os conceitos híbridos de ator, autor, artista; o corpo atravessado e o corpo mediado. Memória, emoção, o texto como vivência, a leitura como método. A experiência estética e a metodologia poética. Sarau de poesia com Cândida Almeida: dissolvendo fronteiras.
– Cândida Almeida: doutora em Semiótica pela PUC SP, poeta, jornalista e professora da Cásper Líbero
– Marcelo Soler: doutor em Artes Cênicas pela USP, diretor da Cia Teatro Documentário e professor na Faculdade Paulista de Artes.
– Gustavo Sol: doutor em Artes Cênicas pela USP, performer e professor do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

QUARTA-FEIRA, 2/10 – Fotografia e Artes Cênicas

19h
[apresentação] Corpo resiste

A partir do trabalho “Meu corpo resiste – LAB”, Jorge Garcia e Leandro Moraes convida o público a participar desse projeto fotográfico e performance de vídeo em tempo real, criando narrativas do próprio corpo ao revelar-se em pontos de luz onde cada um elabora sua própria visibilidade. A ação participativa de um corpo atravessado por histórias e agenciamentos, político e singular, em suas trajetórias pessoais além do movimento cênico. Um microfone também estará disponível para quem quiser mostrar-se também através da fala.

21h
[debate] Representação, apresentação e gestos de visualidade do corpo poético, político e social.

Com Pablo Assumpção, Leandro Moraes e Jorge Garcia
Formas de apresentação da pesquisa pela arte. Autonomia do corpo; o corpo que insiste; corpo rua, corpo mundo; corpo coisa, objeto, imagem. Trajetórias do corpo; processos de corporeidade. O corpo que experimenta o outro; práticas de visibilidade
– Jorge Garcia: coreógrafo, diretor da Companhia Jorge Garcia
– Leandro Moraes: fotógrafo e documentarista.
– Pablo Assumpção: doutor em Performance Studies pela NYU; professor do curso de Pós-Graduação em Artes da UFC, Fortaleza.

QUINTA-FEIRA, 3/10 – Vídeo e Artes Visuais

19h
[apresentação] Ruínas: Futuro e presença

Videoinstalação com ruínas da cidade de Epecuén (AR, Lucas Gervilla) e de interiores domésticos de Ierapetra, Grécia (Monica Toledo), gravuras de casas demolidas de São Paulo (Sérgio Kal) e aquarelas de objetos e reflexos de Danielle Noronha. O conjunto de quatro linguagens visuais (vídeo, fotografia, gravura e aquarela) se revela em projeções múltiplas e a cada instante inéditas, num ambiente que convida o visitante a ocupá-las com suas sombras e assim habitar lugares a princípio abandonados num novo presente.

21h
[debate] Materialidade e visualidade: potencializar espaços e ocupar presentes

Com Patrícia Moran, Lucas Gervilla e Ernesto Filho
Abandonamentos e ocupações – a ruína como performance e paisagem. O objeto como gesto e a criação de futuros – percepção e deslocamento. A imagem materializada: suportes, linguagens, ruídos. O corpo entre presenças e ausências; o corpo arruinado e esvaziado – afetação e expansão. A performance como operador de radicalização – modos de atuar.
– Patrícia Moran: doutora em Semiótica pela PUC-SP; cineasta e professora da ECA.
– Ernesto Filho: mestre em Semiótica pela PUC-SP, performer e pesquisador.
– Danielle Noronha: mestranda em Artes Visuais na USP; professora, aquarelista, pintora e escultora. r
– Lucas Gervilla: mestre em Artes pela Unesp; professor, artista audiovisual e documentarista.
– Sergio Kal: fotógrafo, gravurista e pintor; diretor da Sapien Design.

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