Caetano Vilela ministrando aula para os aprendizes do curso de Cenografia e Figurino, na sede da SP Escola de Teatro (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)
Entre tantos artistas que passam diariamente pela SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, há um, em especial, que se tornou figura constante na Instituição, no último mês: o ator, diretor e iluminador Caetano Vilela. Aprendizes tiveram a oportunidade de conversar e trocar conhecimento com um dos diretores e iluminadores de maior destaque no universo operístico mundial.
Em sua primeira visita à Escola, Vilela deu uma palestra sobre “Luz na Ópera”, direcionada aos aprendizes de Iluminação. E ninguém melhor que o vencedor do Prêmio Shell (2011), na categoria Iluminação, com “Dueto Para Um”, e diretor de diversas óperas, entre elas “O Barbeiro de Sevilha”, “Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk”, “Pierrot Lunaire” e “Pagliacci”, para falar sobre o assunto.
Ainda no mês de maio, o artista foi convidado para comandar uma semana de aulas, sobre o tema “Relação Luz e Cenografia nas Novas Mídias”, aos aprendizes de Cenografia e Figurino. Como o próprio nome já sugere, foram discutidas as atuais possibilidades entre essas duas áreas que compõem um espetáculo.
Carreira
Vilela foi ator integrante do Grupo Boi Voador e do Centro de Pesquisa Teatral de Antunes Filho. No campo da iluminação, seu papel é intenso, principalmente no universo da ópera, tendo realizado diversas produções no Theatro Municipal de São Paulo e do Rio de Janeiro e no Festival Amazonas de Ópera, em Manaus.
Ao longo de sua carreira, trabalhou com Werner Herzog, Gerald Thomas, Christoph Schlingensief, Aidan Lang, Marcelo Tas, Iacov Hillel, Beth Lopes, entre outros diretores. Em 2008, dirigiu e iluminou “Ariadne auf Naxos” e fez a estreia mundial da ópera “Ça Ira”, do compositor e cantor Roger Waters.
No teatro, trabalhou ao lado do diretor Sérgio Ferrara, assinando a luz de “O Imperador e Galileu”, texto de Ibsen, protagonizado por Caco Ciocler. Em 2009, iluminou “Sansão e Dalila”, no 13º Festival Amazonas de Ópera, no qual também assinou a iluminação e a direção da estreia brasileira de “Les Troyens”, de Berlioz.
Texto: Jéssika Lopes
