A narratividade, eixo temático do Módulo Amarelo, foi tema de mais um colóquio promovido na tarde desta quinta-feira (18/8) pela SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Desta vez, os convidados foram o diretor Marco Antonio Braz e a diretora e atriz Georgette Fadel.
O encenador, que tem entre seus trabalhos de destaque montagens de obras de Nelson Rodrigues e Bertolt Brecht, começou, às 14h30, dando uma introdução sobre sua trajetória. A partir de então, concentrou suas palavras nesses dois autores, estabelecendo relações entre eles e o próprio gênero épico/narrativo. Um dos assuntos mais realçados por ele foi a estrutura dessa escola teatral e a maneira como seus elementos podem ser incorporados em obras de outro estilo – recurso utilizado por ele em várias de suas peças.
Às 16h, Braz ganhou a companhia de Georgette. A atriz deu início a uma conversa sobre a estrutura e concepção artística de coletivos teatrais, passando, depois, a falar sobre políticas culturais, ética e compromisso com o trabalho artístico. No decorrer do debate, foram abordados, claro, o teatro brasileiro, narratividade e a identidade nacional – um dos motes do livro “Viva o Povo Brasileiro”, de João Ubaldo Ribeiro, que norteia os estudos dos aprendizes do Módulo Amarelo.
Georgette Fadel (Foto: Divulgação)
Cris Oliveira, aprendiz de Humor, acompanhou todos os debates promovidos pela Escola nesse novo semestre e fez questão de destacar que este foi, em sua opinião, o melhor colóquio. “Os dois foram muito cativantes e engraçados. O Braz, apesar de ser muito técnico, é bastante claro, desenvolto; capaz de despertar inquietações e questões interessantes. A Georgette eu já conhecia, acompanho e admiro o trabalho dela há algum tempo. Hoje, ela demonstrou que continua a mesma: ‘dionisiacamente’ doida. É muita coisa pra se falar em apenas algumas horas, mas eles conseguiram jogar vários questionamentos para nossa reflexão”, finalizou.
Texto: Felipe Del